O Porquê os
Preconceituosos Pegam no Pé da Pessoa Que é Diferente, Mesmo Que Ela Consiga
Algo na Vida
Nos últimos
dias recebi algumas perguntas interessantes, na minha caixa de mensagens, que
responderei aqui:
- Tia Lu,
por que quando uma pessoa considerada diferente vence na vida, a maioria
continua pegando no seu pé?
- Por que há
criaturas que quando ficam brabas com alguém, logo criticam os defeitos
físicos, ou, morais do outro?
Quando
estamos na escola, sempre tem uma panelinha engraçadinha que faz bullying com
quem é considerado fora do padrão que a sociedade exige. O problema é que a
criança não nasce aprendendo a odiar. Porém aprende o preconceito com a
família. A sociedade leva a crer na mentira de que a pessoa portadora de
necessidades especiais, obesidade, ou, diferenciada sexualmente não deve vencer
na vida. Este é um dos motivos inconsciente do bullying: medo do que o
diferente vença na vida e se destaque mais do que os outros considerados
normais.
Quando
preconceituosos discutem com pessoas, consideradas fora dos padrões, eles
acabando humilhando estes outros seres humanos jogando a suposta diferença na
cara deles. Por exemplo, se a briga é com uma senhora obesa, logo o
preconceituoso grita:
- Sua gorda!
Isto é uma
grosseria e uma ignorância, pois critica o problema físico da pessoa para
humilha-la.
Tenho Síndrome de Asperger, um tipo de autismo
leve, fato que vários parentes e conhecidos desconfiaram antes mesmo de eu
descobrir isto. Em 1993, uma época que não havia cotas e nem sequer eu sabia
que era deficiente, fiz vestibular e passei na UFPR. Logo alguns parentes e
conhecidos fizeram as seguintes críticas desagradáveis:
- Você
passou numa faculdade federal?
- O que você
fez?
- Você
praticou macumba e feitiçaria para passar numa faculdade pública?
- Como você passou
numa faculdade federal, se você é retardada?
Através
deste texto é fácil constatar que na verdade, o que está por trás do bullying é
o preconceito e o medo. Pois, para alguém extremamente conservador, a vitória
de alguém fora dos padrões da sociedade, soa como uma ofensa mortal.
Hoje em
2017, há uma batalha dos humanos mais conscientes contra o preconceito e o
bullying. Porém ainda há muitos estereótipos a serem derrubados.
Luciana do
Rocio Mallon
Nenhum comentário:
Postar um comentário