Flores
Beijinhos Que Nasceram num Velho Tanque de Lavar Roupa
Nunca casa
simples de comunidade carente
Uma casa foi
abandonada com seu tanque idoso
Onde
mulheres lavavam roupas de forma inocente
Protegidas
das chuvas cruéis e do Sol perigoso
“ - Roupa
suja e fora de moda se lava em casa”
Dizia a fada
trabalhadeira com sua quebrada asa
Este tanque
velho com sua doce água
Já lavou
trapos em formas de mágoa
O tanque foi
abandonado com o tempo
Mas manteve
a mesma paciência e ternura
Pois seu
espírito continua com o sentimento
De perfumar
o ar com doçura e candura
Por isto,
neste tanque, nasceram flores
Com o nome
delicado e curioso de beijo
Só para
espalhar seus proibidos amores
Nas
tempestades onde há lampejo
Beijos
nasceram num tanque que lavou sujeira
Entre
barracos, discussões, brigas e gritarias
As flores
mostraram que a paixão verdadeira
É capaz de
tirar a dor com suas próprias poesias
A tábua de
lavar transformou-se em partitura
Onde os
pássaros cantam e tocam instrumentos
Num pôr do
sol repleto de formosura
Gravando os
mais inesquecíveis momentos.
Luciana do
Rocio Mallon
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