domingo, 24 de novembro de 2013

Lendas dos Roubos Ridículos de Estátuas

Lendas dos Roubos Ridículos de Estátuas
                         
Semana passada relatei neste blog o causo de um colega de escola que, em 1988,  roubou o boneco gigante do Soldadinho de Chumbo, que eu usaria no teatro escolar com a peça chamada: O Quebra-Nozes. O problema é que entrei na casa do rapaz, á procura deste objeto, pois já tinham me delatado o indivíduo. Então, peguei o moço agarrado com o boneco e ele confessou que quando tomou emprestado a estátua, estava bêbado e confundiu o soldadinho com a paquita Andreá Sorvetão, artista de que era fã.
Por coincidência, em novembro de 2013, um administrador roubou um boneco, também de Soldadinho de Chumbo, que fazia parte da decoração natalina na cidade de Cascavel. No final, ele devolveu o objeto e pediu desculpas à população.
No Rio de Janeiro, existe a estátua do poeta Carlos Drummond de Andrade, que os vândalos sempre tentam roubar. Mas, como a escultura é grudada, os baderneiros sempre acabam levando os óculos do poeta.
Estes dias, uma senhora bêbada, foi flagrada tentando arrancar a imagem do escritor. Enquanto ela fazia isto, exclamava:
- Minha vida não presta!                              
- Meus relacionamentos não dão certos!
- Só um poeta para me entender!                
- Por isto, levarei você para casa!       
- Pelo jeito você não quer vir, né?!
- Então, transarei com você aqui mesmo!
A mulher foi tirando a roupa e tentou sentar no colo da estátua. Porém, foi impedida pelas autoridades competentes. Depois ela explicou que estava bêbada e em estado nervoso, pois foi abandonada pelo quinto marido.
Este causo me fez lembrar de uma amiga que afanou a boneca gigante de tartaruga, que ficava no jardim da imobiliária chamada Apolar. Ela estava noiva há sete anos e seu amado não queria marcar o casamento. Por isto esta moça foi até ao Largo da Ordem, zona boêmia de Curitiba, e bebeu demais. Na volta, ao passar pela rua perto de sua casa, avistou a tartaruga da imobiliária, arrancou a imagem e levou para casa. Depois esta mulher me telefonou:
- Luciana, agora meu noivo não me escapa. Pois, eu roubei a estátua de tartaruga de um estabelecimento e coloquei um relógio de parede no casco dela. Agora, colocarei o bicho no jardim do meu namorado e gritarei:
- Estou igual a esta tartaruga:      
- Lenta e não vejo a hora...          
Desta maneira expliquei:
- Colega, devolva a estátua. Pois, Isto é vandalismo e você pode ser presa.
Ela concordou:
- Tem razão.
No dia seguinte, passei em frente à imobiliária e a imagem estava no lugar, porém toda torta e com um relógio de parede no casco.
Eu moro em frente a uma praça que tem um patrono oriental chamado Tsunessaburo Makiguti e seu busto está no alto de um pilar. O problema é que já fizeram muito vandalismo com ele, como por exemplo: tirar do pilar, pichar e pintar de verde.
Uma vez, passei em frente a esta praça e avistei marginais colocando a estátua de um anão, de jardim, ao lado do busto. Assim, um dos bandidos exclamou:
- Agora, o japa não vai se sentir mais sozinho porque ele estará em meia companhia.
Deste jeito, denunciei o ato às autoridades competentes.
Em São Paulo, facínoras roubaram o coelho da estátua da Mônica e culparam o pobre do Cebolinha.
No litoral do Paraná, um homem com problemas neurológicos, arrancou o rabo da estátua de uma sereia e tentou comê-lo depois, alegando que estava com fome e que não conseguia mais pescar.
Nos anos 80, marginais tentaram colocar fogo na estátua da santa popular Maria Bueno, no Cemitério São Francisco de Paula em Curitiba, mas as chamas misteriosamente se apagaram. Reza a lenda que os dois jovens morreram queimados anos depois.
Precisamos conscientizar as pessoas de que esculturas, mesmo comerciais, são obras de arte e fazem parte da História de um país. Por isto, elas não devem ser roubadas e nem destruídas.
Luciana do Rocio Mallon


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