segunda-feira, 19 de junho de 2017

Borboleta-Folha

Borboleta-Folha
Sou uma borboleta-folha cheia de surpresa
Porque conheço segredos da camuflagem
No jardim lotado sou uma real princesa
Virando folha seca em uma paisagem

Quando fecho as asas viro uma folha escura
Mas quando abro as asas fico toda listrada
Para o poeta escrever uma frase com ternura
Nestas minhas linhas com o lápis da amada

No pomar, fecho minhas asas e viro folha marrom
Pois a discrição é a arma contra os pássaros predadores
Quando estou no jardim abro minhas asas com som
Para beijar e abraçar as minhas doces amigas flores

Agora, pegue um papel e uma caneta
Para anotar meus conselhos de borboleta
Que sobrevive, no pomar, mesmo sendo xereta
Espalhado, pelo ar, perfume de violeta:

Só devemos abrir as asas quando temos confiança
Perto de nossos amigos desde a tenra infância

Precisamos fechar as asas diante do perigo
Pois a timidez, às vezes, é o melhor abrigo.
Luciana do Rocio Mallon





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