segunda-feira, 17 de abril de 2017

Não Pretendo Ser uma Irmã de Caridade, Mas Quero Fazer uma Caridade Irmã

Não Pretendo Ser uma Irmã de Caridade, Mas Quero Fazer uma Caridade Irmã
Recentemente eu escrevi um texto onde confessei a vontade de ser uma artista voluntária. Logo recebi diversos tipos de críticas, em uma delas, uma pessoa perguntou em mensagem privada assim:
“- Se você não curte relações carnais e tem como sonho escrever, de graça, por que você não vira uma irmã de caridade?”
Durante uma fase da minha infância, realmente, pensei em me tornar freira. Mas, com o passar do tempo, percebi que não tinha vocação. Mesmo assim sempre tive a espiritualidade voltada para o sobrenatural. Uma das linhas do Misticismo, que admiro, afirma que quando um dom é manifestado na infância, com uma facilidade que vai além da normalidade, ele não pode ter como o único objetivo ganhar dinheiro na vida adulta. Pois isto dá oportunidade ao lado mau. Deste jeito os grandes ocultistas afirmam:
“O dom que é dado de graça e com pouco esforço, de graça, deve ser ofertado ao universo.”
Desde os meus cinco anos de idade tive facilidade em fazer repentes, rimar e combinar palavras como as outras crianças não conseguiam. Já, naquela idade, eu criava histórias e roteiros em poucos segundos. Não seria justo, que depois de adulta, eu usasse este meu dom para explorar os outros, ou, para ganhar dinheiro de forma ilícita.
Eu não pretendo ser uma irmã de caridade. Mas quero fazer uma caridade irmã, que é aquele serviço voluntário que mostra que todos somos filhos de Deus. Uma caridade irmã nem sempre é fazer uma doação material a um necessitado. Muitas vezes ela se manifesta quando você oferece uma palavra amiga a um colega que está doente, ou, com depressão. A caridade irmã nem sempre é postada em redes sociais. Pois a verdadeira ajuda é aquela que a mão esquerda não sabe o que a direita faz e vice-versa. Porém as duas mãos servem para fazer o sinal de silêncio na boca do maledicente quando ele pretende usar as palavras para destruir alguém. Pois, geralmente, quem fala mal é uma pessoa perdida que, para satisfazer o próprio ego, tem necessidade de esculhambar com alguém que tenta construir algo de bom. Porém os linguarudos precisam de carinho e atenção porque estão perdidos no caminho das trevas e só nossos bons exemplos podem tira-los de lá. Por isto o silêncio, misturado com as boas ações, é a melhor resposta.
Luciana do Rocio Mallon               







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