quinta-feira, 3 de maio de 2018

Deus Me Deu, em Dobro, Tudo o Que o Diabo Tirou


Deus Me Deu, em Dobro, Tudo o Que o Diabo Tirou
Eu coloquei minha cabeça nas nuvens brancas
Então Deus me ofereceu o céu inocente
Botei meus pés no chão, bem nas areias francas
Assim Deus me devolveu o chão novamente

Comi o pão que o Diabo amassou
Mas Deus me deu o manjar dos sonhos
Quando a calada da noite, finalmente, falou
Foram embora os pesadelos tristonhos

Precisei engolir sapo e ter sangue de barata
Porém Deus me deu uma transfusão de alegria
Os sinos tocaram a canção com o barulho da lata
Pois quando dois seres cantam, surge a Poesia

Quando corri para tirar a família da forca mortal
Deus livrou meus amigos da guilhotina
A paz é uma bailarina no espaço sideral
Que vira a estrela-guia de qualquer menina

Joguei-me de corpo e alma na vida
Porém Deus fez surgir um rio profundo
Aliviando minha queda sem ferida
Assim me tornei uma cachoeira garrida
Oferecendo água cristalina ao mundo

Um bruxo fez ritual macabro e baixa Magia
Somente para me prejudicar tirando meu ar
Porém Deus fez a lei do retorno com maestria
Então, hoje, construo um castelo em cada lugar.
Luciana do Rocio Mallon





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