sábado, 4 de janeiro de 2020

Perdi Meu Amor Para as Drogas e Bebidas

Perdi Meu Amor Para as Drogas e Bebidas
Há vinte anos, ele era o homem mais bonito da Poesia
Então me pediu para sentar ao seu lado com alegria
Ele disse que não usava mais drogas e bebidas
Porque a fé tinha curado as suas feridas

Ele foi embora, mas eu sabia que voltaria
Para isto, eu orava toda a noite e todo o dia
Assim ele voltou, de madrugada, ao amanhecer
Porém por causa de fofocas não quis me ver
Então voltou a usar drogas e a beber

Seus amigos que se diziam religiosos
Abandonaram o pobre ao relento
Perto de caminhos tortuosos e perigosos
Ao sabor do traiçoeiro vento

Hoje ele vive na esbórnia e na orgia
Nas surubas, tirando fotografia
De pessoas peladas e nuas
Sob a luz das quatro luas

Perdi meu amor para as drogas e bebidas
E não há mais nada que eu possa fazer
Dentro de mim ainda há mil margaridas
Para curar suas lágrimas ao anoitecer

Ele anda bebendo ao relento
Se negando a qualquer tratamento
Mas dentro de mim há muito sentimento
A esperança renasce a todo o momento.
Luciana do Rocio Mallon



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