segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

Beijar um Desconhecido na Balada é Assinar uma Folha em Branco

Beijar um Desconhecido na Balada é Assinar uma Folha Em Branco
Beijar um desconhecido na balada
É como assinar uma folha em branco
Numa escura e triste madrugada
De um jeito nada leal e muito menos brando

Beijar um desconhecido na festa
É entrar em território perigoso
Sem saber os minutos que resta
Para se livrar de algo tortuoso

Beijar um estranho é assinar um papel sem ler
Com a caneta da agonia repleta de loucura
Gerando mais dúvida do que prazer
Numa promessa obscura com amargura
Que não se acaba ao amanhecer

Pois tocar em estranhos lábios
É jogar a alma na lama de sujeira
Perdendo estrelas com astrolábios
No céu da boca a vida inteira.
Luciana do Rocio Mallon


Nenhum comentário:

Postar um comentário