segunda-feira, 14 de outubro de 2019

O Caracol Que Foi Parar Numa Sex Shop

O Caracol de Pelúcia Que Foi Parar Numa Sex Shop
Sempre tive problemas com o corretor ortográfico do celular.
Uma vez eu trabalhava numa loja de variedades e uma das minhas funções era encomendar produtos aos fornecedores. O estabelecimento comprava bichos de pelúcia personalizados e artesanais de uma idosa. Geralmente quando alguém queria um brinquedo difícil de encontrar procurava aquela loja. Pois a fornecedora confeccionava animas, de brinquedo, como: tamanduá, esquilo, tigre, onça, tatu, borboleta, beija-flor, suricate, furão e etc.
Perto do Dia das Crianças minha chefe mandou:
- Peça para a senhora, que confecciona brinquedos personalizados, um caracol de pelúcia por mensagem de celular.
Então como eu estava vesga, de cansaço, tentei escrever:
“- Preciso de uma pelúcia de caracol.”
Porém o corretor do celular escreveu:
“ – Quero uma pelúcia de caralho.”
O problema é que não fiz a revisão da frase e a mensagem foi do jeito errado.
Três dias depois, a fornecedora trouxe a encomenda embrulhada e comentou:
- Não sabia que vocês estavam atendendo sex shop também.
Em primeira mão, não entendi. Desta maneira, desembrulhei o objeto, perto da caixa registradora da loja, e exclamei:
- O que é isto?!
- Cadê o caracol?!
A senhora falou:
- Caracol?!
- Você escreveu que queria uma pelúcia de caralho.
Após isto, ela me mostrou a mensagem que o corretor corrigiu de forma errada e realmente estava escrito:
“ – Quero uma pelúcia de caralho.”
Naquele mesmo instante, uma moça que estava pagando uma conta no caixa viu o objeto e comentou:
- Preciso de um destes para colocar na minha sex shop.
Desta forma, eu disse:
- Pode ficar à vontade para comprar. Pois já está a venda.
Assim a jovem levou o produto.
Luciana do Rocio Mallon






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