Tem pessoas que recebem um pano colorido
Mas ao jogar este tecido para alto e para cima
De um jeito triste, aborrecido e sofrido
Surge um feitiço que trava tudo e alucina
Assim o pano colorido vira nuvem cinzenta
Anunciando uma longa chuva rabugenta
Esta nuvem fica em cima da cabeça e da mente
Desta pessoa de má vontade incoerente
Mas há seres que recebem um trapo sem brilho
Mas quando jogam este tecido em direção ao céu
Percebem a força do Sol mágico da cor de milho
E o trapo vira uma nuvem retirando o que é cruel
Esta nuvem se transforma num véu
Protegendo o corpo e o espírito
Pois quem não é vítima, também não é réu
Podendo andar nas leves pétalas do lírio lírico
Porque é possível fazer a própria nuvem na vida
Por mais que ela seja sofrida e cheia de ferida.
Luciana do Rocio Mallon
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