Quando um Chupim Escuta Chopin
A pequena menina toca Chopin ao piano
E um pássaro negro aproxima-se da janela
Com seu olhar calmo e sem nenhum engano
Escuta a suave canção tocada pela donzela
Esta ave negra chama-se chupim
Admirando o ébano e o carmim
A garota interpreta um noturno
Alegrando o pássaro soturno
Deste jeito, delicado sem fim
O majestoso e nobre chupim
Vira melro, graúna e arranca-milho
Dentro de um poema com estribilho
Na luz de uma estrela com brilho
Depois a ave vai para os elétricos fios
Que formam um pentagrama em partitura
Causando nos anjos mais de mil arrepios
Repletos de candura, doçura e ternura
Quando um chupim ouve Chopin ao piano de cauda
Tudo se ilumina e se purifica em sua volta
Um doente é abençoado com a cura sem lauda
O vento transforma-se em brisa acabando com a revolta
A Valsa em Lá penetra em todos os lugares
Na dança da bailarina de todos os lares.
Luciana do Rocio Mallon
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