No Meu
Túmulo Haverá um Jasmim, Porque Jaz Mim
Vejo uma
coroa de coloridos e delicados cravos
Nos túmulos
dos trabalhadores e escravos
Observo
ramalhetes perfumados de rosas
Nas lápides
das damas formosas e caridosas
Olho vasos
de suaves e leves margaridas
Nas capelas
de quem curava as feridas
Percebo
boca-de-leão ao lado dos túmulos das fofoqueiras
Que, muitas
vezes, diziam notícias verdadeiras
Mas no meu
túmulo quero apenas um jasmim
Porque na
minha lápide de mármore e marfim
Estará
escrito esta frase sem fim
Tão
brilhante como o cetim:
Aqui, jaz
mim.
Luciana do
Rocio Mallon
Nenhum comentário:
Postar um comentário