sexta-feira, 2 de novembro de 2018

No Meu Túmulo Haverá um Jasmim, Porque Jaz Mim


No Meu Túmulo Haverá um Jasmim, Porque Jaz Mim
Vejo uma coroa de coloridos e delicados cravos
Nos túmulos dos trabalhadores e escravos
Observo ramalhetes perfumados de rosas
Nas lápides das damas formosas e caridosas

Olho vasos de suaves e leves margaridas
Nas capelas de quem curava as feridas
Percebo boca-de-leão ao lado dos túmulos das fofoqueiras
Que, muitas vezes, diziam notícias verdadeiras

Mas no meu túmulo quero apenas um jasmim
Porque na minha lápide de mármore e marfim
Estará escrito esta frase sem fim
Tão brilhante como o cetim:
Aqui, jaz mim.
Luciana do Rocio Mallon




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