quinta-feira, 15 de novembro de 2018

Lenda do Bugio Que Arranca o Couro Cabeludo das Pessoas


Lenda do Bugio Que Arranca o Couro Cabeludo das Pessoas
Anos atrás, na época do Brasil-Colônia, havia uma tribo indígena. Lá nasceu um menino, sem cabelos, chamado Moacir. Ele cresceu saudável, porém cabelos nunca apareceram nele. Por isto o pobre sofria discriminação de outras pessoas. Desta maneira este rapaz passou a invejar todas as criaturas que tinham cabelos.
Um dia ele se apaixonou por Nara, uma índia da mesma tribo. Porém ela namorava um rapaz de cabelos volumosos e compridos.
Numa tarde, Moacir foi chorar na beira de um rio e desabafou:
- Já que não posso ter cabelos e nem a mulher que amo, gostaria de me transformar num animal.
A Iara escutou tudo e disse:
- Tenho como transformar você num bicho e aliviar sua dor.
Assim esta sereia transformou o rapaz num bugio, que voltou observar a sua aldeia.
Numa noite ele ficou revoltado e arrancou o couro cabeludo de quase toda a tribo. Então o pajé foi convocado e fez uma magia para afastar o causador da tragédia.
Moacir se afastou, mas convenceu alguns bugios a arrancarem os couros cabeludos de outros humanos durante a noite.
Reza a lenda que as pessoas que moram perto de lugares como: parques, florestas e sítios devem fechar portas e janelas às cinco da tarde para evitar que alguns bugios revoltados, comandado pelo espírito de Moacir, entrem em seus quartos e arranquem seus couros cabeludos à noite.
Porém o ideal é que o ser humano não invada o espaço dos animais.
Luciana do Rocio Mallon

                                                                        


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