Lenda do
Bugio Que Arranca o Couro Cabeludo das Pessoas
Anos atrás, na
época do Brasil-Colônia, havia uma tribo indígena. Lá nasceu um menino, sem
cabelos, chamado Moacir. Ele cresceu saudável, porém cabelos nunca apareceram
nele. Por isto o pobre sofria discriminação de outras pessoas. Desta maneira
este rapaz passou a invejar todas as criaturas que tinham cabelos.
Um dia ele
se apaixonou por Nara, uma índia da mesma tribo. Porém ela namorava um rapaz de
cabelos volumosos e compridos.
Numa tarde,
Moacir foi chorar na beira de um rio e desabafou:
- Já que não
posso ter cabelos e nem a mulher que amo, gostaria de me transformar num
animal.
A Iara
escutou tudo e disse:
- Tenho como
transformar você num bicho e aliviar sua dor.
Assim esta
sereia transformou o rapaz num bugio, que voltou observar a sua aldeia.
Numa noite
ele ficou revoltado e arrancou o couro cabeludo de quase toda a tribo. Então o
pajé foi convocado e fez uma magia para afastar o causador da tragédia.
Moacir se afastou,
mas convenceu alguns bugios a arrancarem os couros cabeludos de outros humanos
durante a noite.
Reza a lenda
que as pessoas que moram perto de lugares como: parques, florestas e sítios
devem fechar portas e janelas às cinco da tarde para evitar que alguns bugios
revoltados, comandado pelo espírito de Moacir, entrem em seus quartos e arranquem
seus couros cabeludos à noite.
Porém o
ideal é que o ser humano não invada o espaço dos animais.
Luciana do
Rocio Mallon
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