Não Sou
Laçadora de Públicos, Pois Sou Lacradora de Pudicos
Não sou
laçadora de públicos como muita gente, que nunca sequer conversou comigo, me
acusa.
Para
começar, eu sou balconista de loja e vendedora na vida real. Pois nunca fui
artista. Além disto, a escrita e as performances, para mim, são apenas terapias.
Sou igual aquele moço, Charles Bukowski, que afirmou que escrevia só para não
enlouquecer. Também precisei fazer aulas de dança com o objetivo de tentar
consertar meus problemas de coordenação motora.
Nunca corri
atrás de aplausos e muito menos da fama. Apenas, de vez em quando, participo de
eventos de forma voluntária. Há uns três meses que não entro em atividades
semelhantes. Pois a puxação de tapete é tanta, em Curitiba, que me sinto
desmotivada de me apresentar de qualquer sarau artístico. Afinal estão me
confundindo com aquela boneca, chamada Menina-Flor, da marca Estrela que era um
brinquedo que se mexia conforme os aplausos.
Eu gosto é
de escrever para amenizar minha depressão e minhas doenças físicas. Também
curto participar de concursos virtuais. Porém nada é em troca de aplausos e
fama.
Não sou laçadora
de públicos, mas sou lacradora de pudicos.
Luciana do Rocio Mallon
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