sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Lenda da Mulher de Branco de Curitiba

Lenda da Mulher de Branco de Curitiba 

A maioria das cidades tem uma lenda em comum: A Mulher de Branco, sempre com um enredo variado. Com Curitiba não foi diferente porque este lugar também tem um causo sobre esta personagem:

Nos anos 70 Ana era uma jovem, muito religiosa, moradora de uma cidade do interior, que procurava seguir as regras de uma família rígida.
Um certo dia, o padre morreu e mandaram um jovem pároco para o lugarejo. Logo, na primeira missa, o sacerdote novo olhou para Ana, apaixonou-se por ela e o sentimento foi recíproco. Assim, os dois passaram a se encontrar escondido.
Alguns meses depois tiraram fotos do padre com Ana e mandaram para a família desta sua namorada. Por isto, a dama foi expulsa de casa sem dinheiro no bolso. Desta maneira, a pobre resolveu sumir da cidade e ir para bem longe, pegando carona de carro em carro até chegar em Curitiba.
Na capital paranaense a moça virou moradora de rua. Numa certa noite, ela sonhou que um anjo pediu-lhe para que ela vestisse só roupas de cor branca para purificar seu corpo, mas que seus pés deveriam estar sempre bem tratados porque no dia de sua morte eles se transformariam em asas. Por isto, a dama passou a se vestir só com roupas desta cor. Ana, para sobreviver, passou a desenhar os rostos das pessoas que passavam pelas ruas. Como ela era muito talentosa, esta atividade virou seu ganha-pão. Esta mulher passou a ser frequentadora de um famoso salão de beleza, da época, localizado no bairro chamado Mercês, somente para que a pedicure e a reflexologista tratassem de seus pés. Pelo fato desta moradora de rua não tomar banho, a dona do estabelecimento marcava um horário especial para que ela fosse atendida. Afinal, por causa do seu odor, a proprietária era obrigada a abrir todas as janelas. Porém, o mais interessante é que depois de ter as unhas feitas, Ana jogava suas meias velhas no lixo e pegava novas.
Esta jovem nunca escondeu a verdadeira história do seu passado. Logo, surgiu o boato de que esta artista virava mula-sem-cabeça nas noites de Lua Cheia, pois segundo crendices: toda a mulher que namora um padre tem este destino.
Ana gostava de andar pelos bares do Largo da Ordem à noite e era comum ela assustar as pessoas nas esquinas para depois dizer-lhes:
- Se vocês desejarem um retrato personalizado, eu posso desenhar.
Reza a lenda que Ana faleceu nos anos oitenta, mas que seu fantasma sempre aparece no Largo da Ordem, todo vestido de branco, com asas nos pés, assustando e falando para as pessoas:
- Se vocês desejarem um retrato personalizado, eu posso desenhar.
Dizem que depois que esta mulher faz a gravura e entrega ao seu destinatário, ela some no ar.
Luciana do Rocio Mallon 


Nenhum comentário:

Postar um comentário