Lenda dos
Anjos de Cemitério
Reza a lenda
que quando uma criança, ou, adolescente tenta roubar algo de um cemitério e
morre cedo, seu espírito fica aprisionado em estátuas de anjo daquele mesmo
campo-santo.
Era uma vez
uma menina de 12 anos, chamada Laura que tinha um irmão de 18 anos, chamado
Marcos, que era marginal. Um dia este rapaz resolveu roubar placas e objetos de
cemitérios, com seus comparsas, e levou Laura junto. Chegando ao local, Marcos
obrigou sua irmã a roubar objetos de um mausoléu enquanto seu grupo depredava o
local. Porém, um idoso que viu tudo, sacou uma arma e começou atirar contra os
bandidos. Naquele mesmo instante, Laura saiu do mausoléu, foi atingida por uma
bala perdida e morreu.
Quando esta
menina chegou ao céu, São Pedro disse:
- Você não
pode entrar no Paraíso porque ajudou a roubar um cemitério. A pena para a
criança que faz isto é entrar em uma estátua de anjo do cemitério e proteger
aquele local.
Desta maneira
o espírito de Laura ficou aprisionado dentro da estátua de um querubim. Numa
madrugada, vândalos quebraram uma de suas asas. Por isto a alma de Laura ficou
triste e, nas noites de Lua Cheia, ela passou a derramar lágrimas.
Naquela
mesma cidade havia um moleque chamado Antônio, que era muito sensível e tinha o
dom de falar com pessoas que já partiram. O problema é que ele vivia provocando
sua vizinha, Dona Genoveva, que tinha fama de bruxa. Toda a vez que este menino
xingava esta senhora de feiticeira, ela exclamava:
- Seu futuro
será consertar asas de anjo de cemitério!
Naquele
tempo havia um projeto da prefeitura, chamado Turismo Histórico no Cemitério,
onde uma professora de História andava com as pessoas pelo campo-santo
ensinando curiosidades sobre o local, como exemplos: arquitetura dos túmulos, estórias
das celebridades enterradas, etc.
Numa noite
Antônio quis participar deste grupo. Então a professora estava andando pelo
cemitério com as pessoas. Quando, de repente, Antônio ficou admirado com a
estátua do anjo onde o espírito de Laura morava. De repente, o garoto escutou a
seguinte voz de dentro da imagem:
- Boa noite!
- Gostei
tanto que você veio me visitar!
- Estou triste
porque estou com a asa quebrada!
No dia
seguinte o garoto pesquisou na Internet sobre os materiais e as técnicas que
poderia usar para consertar a asa do querubim. Então à noite, Antônio foi ao
cemitério e consertou a estátua, que lhe deu um beijo no final e por isto ele
saiu correndo.
Três meses
depois, o menino sonhou com a mesma imagem de querubim que disse:
- Boa noite!
- Quebraram
minha asa novamente!
- Será que
você poderia consertar?
Assim o
garoto foi com o material até o cemitério e confirmou que a estátua estava,
realmente, com a asa quebrada. Deste jeito ele fez o reparo.
Reza a lenda
que até hoje toda a vez que Laura tem a asa danificada ela pede socorro a
Antônio.
Portanto,
cuidado com os anjos de cemitério. Pois, eles podem abrigar almas de crianças
travessas.
Luciana do
Rocio Mallon
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