segunda-feira, 11 de abril de 2022

Protesto da Vírgula

 

Protesto da Vírgula

Sou a vírgula, muito prazer

Sei que tenho poder

Mas não quero fazer

Você enlouquecer

 

Separo muito bem os elementos

Nas listas em todos os momentos:

Caju, maçã, pêssego e morango

Convido você para dançar tango!

 

Separo lugar, modo e tempo

Com organização e sentimento:

Nessa semana, farei teste

Sou vírgula e não uma peste!

 

Separo explicações com fofocas nas frases complicadas:

O ponto de exclamação, em forma de foguete, não vale nada!

Apareço para explicar e fazer o bem

Antes das conjunções “mas” e “porém”:

 

A vírgula é esbelta, porém tem forma de girino

A interrogação é inteligente, mas não bate bem do pino

 

Quando quero chamar alguém ou uma pessoa

Surjo depois do nome num grito nada à toa:

Ortografia, me ajude nessa Poesia!

Já estou sentindo agonia

 

Sou vírgula, posso virar flor de primavera

Mas, dependendo da posição, causo até guerra:

Não, vai ter paz!

Não vai ter paz!

 

Sou a vírgula, muito prazer

Esse poema é para você me conhecer

Sem chorar e muito menos sofrer.

Luciana do Rocio Mallon

#vírgula

 

 


 

 

2 comentários:

  1. Oh, vírgulas! Nem demais... nem de menos! Oi. Importante é que elas estejam no lugar adequado, na hora oportuna!

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