sexta-feira, 17 de agosto de 2018

Menos Pedra e Mais Compreensão


Menos Pedra e Mais Compreensão
Só vejo gente jogando pedra na enfermeira que atropelou os cachorros e na moça que deu à luz a um bebê no banheiro público. Realmente as atitudes delas não foram legais.
Porém nos históricos psicológicos destas mulheres há problemas como Esquizofrenia e Depressão.
Na Esquizofrenia, há fases em que a pessoa sai de si e realmente pode ter atitudes agressivas e involuntárias.  Tenho Depressão e às vezes preciso me trancar em casa para não atacar ninguém na rua. Machucar alguém de forma involuntária me dói na alma depois que tomo consciência dos meus atos.
Outro fato que achei interessante nos moralistas, que julgaram as moças, é que nenhum deles se ofereceu para cuidar dos animais atropelados e muito menos para adotar a criança que foi encontrada no banheiro público.
Antes de julgar alguém, procure saber se a criatura em questão não tem histórico de doença mental.
Não é fácil conviver com transtornos psiquiátricos sabendo que no dia seguinte você pode surtar e ferir alguém. Eu sei que é horrível, pois eu convivo com isto todo o dia.
Nunca tive filhos, porque sempre possuí medo de machucar as crianças e nunca me atrevi a dirigir porque possuo medo de provocar um acidente.  Pois sei que tenho abalos psiquiátricos.
Mas as mulheres que estão sendo julgadas por anônimos, celebridades e até religiosos será que tinham consciência dos seus próprios problemas neurológicos?
Talvez, não...
Aí é que está a questão.
A enfermeira que atropelou os cães se apresentou, espontaneamente, às autoridades competentes. Portanto, ela não fugiu. O pior é que ela perdeu o emprego por conta da fúria popular e está sendo ameaçada de morte. Com relação à jovem que teve um neném em banheiro público, vizinhos relataram que ela não possuía atitudes de uma pessoa lúcida.
O problema é que a sociedade hipócrita só pensa em julgar.
Não estou defendendo as atitudes destas moças. Porém elas precisam de tratamento psiquiátrico e não de julgamentos cheios de fúrias populares.
Luciana do Rocio Mallon













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