domingo, 26 de novembro de 2017

Deseduzir

Deseduzir
Deseduzir é o verdadeiro arrependimento
De brincar com um sagrado sentimento
De uma pessoa carente e inocente
Que só queria atenção simplesmente!

Deseduzir é pedir perdão de joelhos
Por ter tocados seus lábios vermelhos
Na boca de uma pessoa com aura de paz
Debaixo do céu tranquilo, calmo e lilás

Deseduzir é trocar o baby-doll da luxúria
Pela saia comprida e rodada da primavera
Porque sensualidade pode trazer lamúria
Quando ninguém valoriza a divina espera

Pois o tempo do Poder Superior
É diferente das horas da Terra!
Se guardar para o real amor
É tocar na luz da nova era!

Deseduzir é costurar, com fios de esperança, a rasgada seda
Regando e adubando os caminhos desta difícil senda

Deseduzir é trocar uma paixão passageira
Por uma amizade acolhedora e fraterna
Uma noite de prazer não dura a vida inteira
Porém a promessa de um olhar é eterna

Deseduzir é quebrar a escura, cruel e proibida magia
De amarrar alguém nas velas dos gemidos frementes e ardentes
Tirando a venda da ilusão, do orgasmo e da agonia
Dentro de uma hidromassagem com águas quentes.
Luciana do Rocio Mallon




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