Lenda do
Jaguara de Curitiba
Reza a lenda,
que anos atrás, a capital paranaense era habitada por uma tribo de índios diferentes.
Pois eles viviam em ocas durante a primavera e o verão. Mas moravam no subsolo,
da terra, durante o inverno para se proteger do frio.
Esta aldeia
contava que existia um monstro chamado Jaguara. Pois, ele transformava-se em
homem loiro, no verão, que fazia travessuras na tribo e seduzia as mulheres
para castiga-las depois. Porém, no inverno, este monstro virava uma espécie de
felino, parecido com a onça, que tentava entrar nos subterrâneos onde estes
índios se escondiam.
Uma vez, no
Brasil-Colônia, quando Curitiba ainda se chamava Vila Nossa Senhora da Luz, o
Jaguara tomou forma de homem e decidiu passear no local. Lá ele seduziu
Cidinha, a filha de um homem importante. Então Jaguara raptou a moça e levou a
pobre para morar com ele no meio do mato. Porém, este monstro fez da jovem uma
escrava. Pois ela era obrigada a fazer serviços domésticos, sem parar, e
apanhava muito.
A família de
Cidinha comunicou o desaparecimento da jovem para as autoridades competentes.
Então os guardas encontraram a casa do monstro e libertaram a pobre.
Mas perto do
inverno, Jaguara apareceu na vila, novamente, no formato de um homem loiro.
Assim ele assaltou o comércio e roubou uma charrete, atropelando inocentes,
pelo caminho.
Deste jeito,
os guardas foram atrás da criatura até sua casa no meio do mato. De repente, o
homem transformou-se num felino parecido com a onça. Porém, índios apareceram
com arco e flecha para atacar o monstro. Desta maneira eles começaram a gritar:
- Jaguara!
- Jaguara!
Os guardas
brancos perguntaram aos índios:
- O nome
desta criatura é Jaguara?
Deste jeito
os indígenas fizeram sinal que sim.
Porém, o
Jaguara saltou sobre os índios, correu para o mato e desapareceu.
Diz o mito
que até hoje, Curitiba é assombrada por este monstro, que vira homem para
realizar travessuras pela cidade. Por isto, os mais velhos quando observam
alguém fazendo algo errado, logo dizem:
- Olhem!
- Que
Jaguara!
Luciana do
Rocio Mallon
Nenhum comentário:
Postar um comentário