sábado, 22 de dezembro de 2018

Como Eu Adivinhava o Ano Novo dos Amigos Através dos Velhos Cartões Natalinos


Como Eu Adivinhava o Ano Novo dos Amigos Através dos Velhos Cartões Natalinos
Dos Anos 50 até meados dos anos 2000 a ação de mandar cartões de Natal, confeccionados por instituições de caridade, virou tradição entre as famílias. Muitas destas instituições eram creches, asilos, abrigos e hospitais onde os próprios pacientes desenhavam as figuras dos cartões. O dinheiro arrecadado servia para comprar alimentos e pagar as despesas dos abrigados.
O problema é que, em meados dos anos 2000, por causa do avanço da tecnologia muitas pessoas deixaram de enviar cartões de Natal feitos de papel e optaram pelas opções virtuais. O resultado foi que muitas instituições de caridade deixaram de fabricar estes produtos que serviam de renda.
Na minha infância eu gostava de ver os desenhos destes cartões feitos por crianças abandonadas e até mesmo por pessoas sem mãos, que costumavam pintar com os pés.
Minha família comprava vários cartões. Como sempre tive uma alma mística, bem antes de eu conhecer o tarô, quando tinha cinco anos de idade, realizava a seguinte brincadeira:
Eu olhava as figuras, destes cartões natalinos, e de acordo com os desenhos fazia algumas previsões. Então embaralhava e colocava as gravuras de cabeça para baixo. Assim falava o nome de alguém que ganharia um cartão destes, fechava os olhos e pegava um cartão. Após isto, virava o desenho, abria os olhos e via como seria o próximo ano da pessoa de acordo com a figura tirada. Geralmente dava certo.
Porém emocionante mesmo era abrir as cartas dos conhecidos e verificar que havia um cartão de Natal lá dentro. Desta maneira eu ficava admirando as gravuras e as letras das pessoas.
Infelizmente, a tecnologia está acabando com alguns encantos tradicionais pouco a pouco. Mas você ainda pode mandar uma carta escrita à mão, com gotas de perfume, desejando um Feliz Natal para quem ama.
Luciana do Rocio Mallon




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