A Bailarina
Escreve Poesia Com o Corpo
A bailarina
escreve poesia com as sapatilhas
Deixando no
ar um perfume de mil baunilhas
Com a ponta
dos pés ela traça um verso
Desenhando
no chão todo o universo
Com suas
mãos ela desenha pensamentos
No ar que
beija seus braços com a brisa
Seus dedos
tocam nos proibidos momentos
Enquanto o
vento, os seus cabelos, alisa
A ousada
dançarina de flamenco
Enquanto
bate palmas e sapateia
Escreve
poemas com amor e dengo
No chão
velho do teatro de madeira
A bailarina
vestida de cigana florida
Com seus pés
descalços escreve com giz
Deixando uma
frase de despedida
E um leve
perfume de flor-de-lis
Para curar a
suave ferida
De quem
sonha em ser feliz
Com o seu
pandeiro meia-lua cheio de fitas
Ela expulsa
a depressão e a amargura com ternura
Porque suas
canções bonitas são infinitas
Trazendo candura
e doçura na rumba mais pura
Quem escreve
Poesia com o corpo é a bailarina
Pois ela é
uma estrela de melodia e purpurina
Há um livro
escondido em sua cintura fina.
Luciana do
Rocio Mallon
Nenhum comentário:
Postar um comentário