quinta-feira, 27 de fevereiro de 2025

Entrevista, Por Escrito, Com BumbaBloco

 

Entrevista, Por Escrito, Com BumbaBloco

Sou a influenciadora cultural, Luciana do Rocio Mallon e voltei a fazer entrevistas com artistas e profissionais autônomos.

Hoje a entrevista é com o BumbaBloco

1 – Quando e como surgiu o BumbaBloco?

BumbaBloco é fruto de anos de ações isoladas e voluntárias para divulgar o Festival Folclórico de Parintins. Nossa primeira edição aconteceu em 2020. 2 – Quem são os organizadores do BumbaBloco?

Quatro amigos, movidos por esse amor que não se explica e não cabe na razão, fundaram o BumbaBloco. Mais tarde, agregamos uma das madrinhas nessa louca tarefa: fazer um bloco de carnaval de rua temático de Boi em São Paulo.

3 – Como é a lenda do Bumba-Meu-Boi?

A lenda do Boi-Bumbá conta que Catirina, “funcionária” da fazenda (na verdade, escravizada), grávida, sentiu desejo de comer a língua do boi mais bonito. Pai Francisco, seu companheiro, atendeu ao pedido e matou o animal. O problema é que esse boi era o preferido da Sinhazinha, filha do Amo da fazenda, que foi reclamar com o pai. O Amo chamou o doutor, o padre, mas nada resolveu. Então, mandaram chamar o pajé, curandeiro da tribo, que fez um ritual e ressuscitou o Boi. Assim nasceu a lenda.

4 – Quais são as atrações do BumbaBloco?

Atrações Especiais • Banda Amazônida’s (vinda de Manaus) • Lançamento dos irmãos parintinenses Di Carmo • Grupo de dança Sampa Tribal • Participação especial do mestre de carimbó Silvan Galvão • Apresentações de Porta-Estandarte, Sinhazinha e Pajé Somos cerca de 30 componentes voluntários, incluindo banda, DJ, apresentador, grupo de dança, cantores e organizadores.

5 – Deixe uma mensagem aos nosso leitores.

“BRINCANDO NO CARNAVAL, SONHANDO COM O FESTIVAL.”

Perguntas elaboradas por Luciana do Rocio Mallon.

 

 

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2025

Carnaval nas Diversas Regiões do Brasil

 

Carnaval nas Diversas Regiões do Brasil

Essa festa tem tradições diferentes em cada região

Meu nome é Luciana do Rocio Mallon e sou especialista em Folclore. Então, esses dias mandaram a seguinte pergunta:

- Como é o Carnaval em cada região do Brasil de forma resumida?

Minha resposta abaixo:

 - Primeiramente, o Carnaval chegou ao Brasil com os imigrantes portugueses, pois já existia Carnaval na Europa.

Mas depois a cultura deles se misturou com a cultura afro, indígena e cigana, assim se espalhou pelo país.

Por isso cada região comemora o Carnaval de forma diferente, como é possível ver abaixo:

1 - Sudeste: o Carnaval mais famoso é o do Rio de Janeiro com suas escolas de samba. Depois vem as escolas de samba de São Paulo.

Mas também não podemos descartar os blocos que existem nos estados do Sudeste. Pois neles, pessoas desfilam fantasiadas espalhando alegrias.

Aliás, a fantasia mais tradicional desses blocos é a do Bate-Bola ou Clóvis, uma espécie de palhaço mascarado que carrega bolas feitas de meias.

A figura desse palhaço entrou no Carnaval brasileiro no final do século dezenove e no começo do século vinte com a chegada dos imigrantes italianos.

2 – Nordeste: depois do Carnaval do Sudeste, a festa carnavalesca mais famosa é a da região Nordeste.

Na Bahia tem os trios elétricos e também blocos como o Afoxé Filhos de Gandhi, que desfila no Carnaval há mais de 70 anos. O termo afoxé tem sentindo religioso porque os filhos de santos depositavam oferendas no mar e em bosques e também existe um instrumento chamado afoxé.

Em Pernambuco tem o frevo, que nasceu no século dezenove.

 Essa dança surgiu no Carnaval, daquela época, numa competição entre as bandas militares e os escravizados que tinham se tornado livres

Reza a lenda que em um dos carnavais, do século XIX, uma banda de marinheiros se encontrou com uma banda de ex escravos.

Mas como estava chovendo, os participantes dos dois grupos, passaram a pegar as sombrinhas dos espectadores e de uma forma brincalhona começaram a brincar com qualquer tipo de guarda-chuva.

Assim resolveram dançar com as sombrinhas de forma frenética.

Por isso, no começo as sombrinhas dessa dança tinham tamanhos normais. Mas foram diminuindo de tamanho com o passar do tempo.

Pois as sombrinhas menores facilitam os movimentos dos bailarinos.

A mesma lenda também conta que naquele mesmo Carnaval, do século XIX, os espectadores começaram a gritar frases como:

- Ficarão com febre porque estão dançando na chuva!

- Esses dançarinos parecem que estão fervendo!

- Parecem que estão com febre!

Alguns imigrantes ingleses, que existiam em Pernambuco naquela época, exclamaram a seguinte palavra:

- Fever!

Então o jornalista, Osvaldo Oliveira, ao perceber tudo isso, disse:

- Essa dança se chamará frevo.

Assim, esse jornalista usou o termo acima no primeiro artigo onde ele escreveu sobre essa dança.

Outra dança que tem no Carnaval de Pernambuco é o Maracatu que surgiu no período do Brasil-Colônia. Ele tem influências africanas, indígenas e portuguesas.

Na tradição ele conta a história da celebração do rei de Congo com muita cultura.

O Maracatu é marcado por figurinos elaborados com: cetim, bordados, sedas, rendas, etc. As mulheres que participam precisam vestir saias compridas e rodadas.

Existem dois tipos de Maracutus: nação e rural.

- Nação: também é conhecido como Maracatu do Baque Virado e é composto por grupos musicais das comunidades carentes. Os componentes representam a coroação dos reis de Congo. Na frente vem o Porta-Estandarte e depois a Dama do Paço conduzindo a Calunga.

- Rural: ele é tradicionalmente realizado, no interior, por trabalhadores rurais. Também é conhecido como Maracatu de Baque Solto com o Caboclo da Lança. Sua origem começou nos engenhos, no final do século dezenove e as danças eram realizadas por lavradores.

A fantasia do Caboclo da Lança é bem elaborada porque é composta por um figurino maravilhoso cheio de fitas e tirinhas coloridas de plástico.

A gola é bordada com lantejoulas, a calça tem franjas coloridas, chapéu possui palhas coloridas e o caboclo dança com uma enorme lança chamada Guiada com dois metros de comprimento repleta de fitas coloridas.

O Maracatu é patrimônio da humanidade.

Ainda falando sobre o Carnaval do Nordeste, existem os bonecos gigantes de Olinda. A tradição dos bonecos gigantes veio com os imigrantes portugueses.  Porém o primeiro boneco gigante famoso foi o Zé Pereira, em 1919. Depois o segundo boneco gigante, o Homem da Meia- Noite, foi criado em 1931.

3 – Região Norte:

Na Região Norte tem Carnaval com blocos de rua, trios elétricos, Bumba-Meu-Boi, Carimbó e Lundu.

O Carnaboi é uma festa que mistura atmosfera carnavalesca com o Bumba-Meu-Boi.

Os principais bois são Garantido com cor vermelha e Caprichoso com cor azul.

No Centro Histórico de Manaus também têm desfiles de fantasias. Aliás no teatro, Amazonas, existe um concurso de fantasias tão famoso que recebe competidores internacionais.

Manaus também tem dois blocos famosos: Banda Boulevard e Banda do Galo.

Em Porto Velho existem 35 dias de Carnaval com mais de 16 blocos.

A segunda dança mais pedida pelos turistas da Região Norte depois do Bumba-Meu-Boi é o Carimbó, onde moças dançam com saias rodadas floridas e flores na cabeça. Aliás, existem blocos especializados somente em Carimbó.

Nas cidades do interior da Região Norte, ainda existe a tradição maravilhosa do Lundu, dança e canto de origem africana que ganhou pitadas de elementos portugueses, ciganos e indígenas. Inclusive alguns historiadores dizem que o samba teve origem no Lundu.

As mulheres dançam o Lundu com saias compridas, rodadas, coloridas e com flores nos cabelos. Seus movimentos são lentos e sensuais.

4 – Região Sul:

Pessoas desinformadas dizem que no Sul não existe Carnaval, mas isso é mentira.

Em Curitiba, capital do Paraná, uns 25 dias antes do Carnaval oficial do Brasil, um bloco chamado Garibaldis e Sacis desfila por um local denominado Largo da Ordem.

O bloco, Garibaldis e Sacis, surgiu em 1999 para acabar com o boato de que não existe Carnaval em Curitiba.

Esse bloco, em seus desfiles pelo Largo da Ordem, costuma homenagear figuras históricas da cidade. Geralmente ele faz sete saídas antes do Carnaval oficial do Brasil.

Além disso, Curitiba tem desfiles de escolas de samba, que ás vezes desfilam na Rua Marechal de Deodoro e ás vezes na Rua Cândido de Abreu no Centro Cívico.

Em Curitiba, na época do Carnaval, também existe a Zoombie Walk, onde pessoas desfilam fantasiadas de personagens de filmes de terror. Praticamente é uma mistura de Halloween com Carnaval. As músicas que tocam são Rock e Pop.

Entre 2007 e 2008 a Zoombie Walk acontecia no Dia de Finados. Porém a partir de 2009 ela passou para a época de Carnaval.

A caminhada acontece no Centro de Curitiba e ela tem as seguintes atrações: tendas com maquiagens artísticas, concurso Miss Zumbi Walk, perguntas sobre filmes de terror e concurso de fantasias para pessoas e animais.

Foliões de todo o Brasil e do mundo costumam vir para Curitiba somente para curtir a Zoombie Walk.

Já em Florianópolis, em Santa Catarina, há clubes com bailes de Carnaval e desfiles carnavalescos. Lá também existem festas carnavalescas dentro de navios.

6 – Região Centro-Oeste:

Na região Centro-Oeste existem clubes que realizam bailes carnavalescos.

Nas ruas existem bloquinhos e alguns são acompanhados por trios elétricos.

Alguns clubes, uns 25 dias antes do Carnaval oficial do Brasil, realizam uma festa pré-carnavalesca chamada Baile do Hawaí com música pop, sertaneja, havaiana e marchinhas.

Em Caldas Novas, durante o Carnaval, existem exposições de bonecos carnavalescos gigantes.

Em Brasília, os blocos concentram-se em pontos turísticos como o Parque da Cidade, Estádio Mané Garrincha e Eixão.

No interior do Centro-Oeste existe uma dança chamada, Siriri, que também é dançada durante o Carnaval. Ela é uma dança folclórica que é acompanhada pelos seguintes instrumentos: viola de cocho, ganzá e tamboril.

As mulheres dançam com saias floridas, compridas e rodadas.

Vídeos, com aulas, sobre algumas danças realizadas no Carnaval:

https://www.youtube.com/watch?v=Q3gWVci7mig

https://www.youtube.com/watch?v=SIGPQ56lhOM&t=5s

https://www.youtube.com/shorts/wiLvjD4SGPU

https://www.youtube.com/watch?v=Ko9UFv3_Jww

Então de qual região do Brasil você está lendo esse texto?

Palavras-chaves: carnaval, folia, confete, serpentina, frevo, maracatu, lundu, samba, Zumbi Walk, desfile.

Luciana do Rocio Mallon


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


segunda-feira, 24 de fevereiro de 2025

Fantasias Da Moda No Carnaval de 2025 e Seus Significados na Vesteterapia

 

Fantasias Da Moda No Carnaval de 2025 e Seus Significados na Vesteterapia

 

Meu nome é Luciana do Rocio Mallon e sou especialista em Vesteterapia, estudo da personalidade através das roupas.

Hoje me perguntaram:

- Quais são as dez fantasias que estarão na Moda, nesse Carnaval e quais os significados delas para a Vesteterapia?

Minhas respostas abaixo:

- Para tornar o artigo ético e politicamente correto, não citarei fantasias de profissões e nem de etnias, pois não quero praticar apropriação cultural.

Nesse Carnaval, esqueça os pierrôs, as colombinas, os palhaços e o bate-bola. Pois a lista abaixo, surpreenderá você:

1 – Fernanda Torres no Oscar: trabalho praticamente num brechó virtual e ultimamente mulheres estão entrando em contato comigo perguntando se tenho o mesmo modelo do vestido que a Fernanda Torres usou no Oscar.

Sim, a fantasia inspirada nessa atriz brasileira recebendo o Oscar está na lista das mais pedidas em lojas especializadas!

Para montar essa fantasia, procure um vestido preto longo, com magas compridas, golas compridas e uma abertura grande atrás. Mas não se esqueça de fazer um penteado igual ao da atriz e de levar o bonequinho do Oscar. Aliás, esse boneco está à venda em lojas de produtos populares.

Conforme a Vesteterapia, pessoas que usam fantasias homenageando atores do seu país, gostam de Cultura e valorizam a nação onde nasceram.

2 – Dançarina de Frevo: esse tipo de fantasia é a segunda mais procurada desse ano. Além disso ela é fácil de montar: basta uma minissaia rodada, uma blusa e uma sombrinha de frevo. Conforme a Vesteterapia, a moça que escolhe esse traje gosta de Cultura, além de ser: curiosa, alegre inteligente e sempre ajuda as pessoas ao seu redor.

3 – Princesa de desenho animado: todos os anos essas personagens de histórias infantis invadem blocos e bailes de Carnaval. A mulher que escolhe esse tipo de veste é romântica e sonhadora.

4 – Animais: fantasias de bichos sempre são procuradas. Aliás elas são fáceis de montar, basta uma blusa com a cor desse animal, saia da mesma cor e tiara com as orelhinhas ou antenas do bicho escolhido. Pois nas lojas populares há arcos com orelhas e antenas de vários animais: gato, cachorro, borboleta, vaca, porco, abelha, castor, urso, etc.

Segundo a Vesteterapia, a pessoa que se fantasia de bicho se identifica com alguma característica desse animal.

5 – Paquitas: com o bafafá que o livro das paquitas causou ano passado, agora esse tipo de figurino entrou na lista dos trajes mais procurados para o Carnaval de 2025.

A mulher que se veste de paquita tem boas recordações da sua infância e adolescência.

6 – Pirata: essa fantasia, além de ser tradicional, também é fácil de montar, pois basta um chapéu de pirata e uma espada de plástico e o resto fica por conta da imaginação do folião. Nas lojas populares existem acessórios de pirata para vender.

Conforme a Vesteterapia, a pessoa que se veste de pirata é impulsiva, desapegada, corajosa, desbravadora e aventureira.

7 – Anjos e demônio: aqui geralmente o anjo pede uma roupa branca com tiara de auréola e o diabinho pede uma roupa vermelha com tiaras de chifres.

A pessoa que escolhe essa fantasia acredita na batalha entre o bem e o mal, porém de uma forma divertida e descontraída.

Para a Vesteterapia quem se veste de diabinho, pretende mostrar toda a sua sensualidade e malícia. Já quem se veste de anjo procura esconder uma certa esperteza atrás de uma fantasia angelical, porém com alegria.

8 – Madame: esse figurino requer as seguintes peças: um vestido leve, leque grande e peruca, esses dois últimos são acessórios que também são encontrados em lojas populares e brechós.

Conforme a Vesteterapia, a pessoa que se veste de madame, no Carnaval, tem consciência de classe e deseja criticar, de forma inconsciente, a mertitocracia.

9 – Presidiário ou irmãos metralha: nesse ano, de 2025, essa fantasia teve uma procura assustadora. A confecção dela é fácil também, pois basta duas peças listradas.

10 – Saia com brilhos e top: esse conjunto não é uma fantasia em si, mas forma um excelente par para quem deseja pular Carnaval com conforto.

Aliás, quem escolhe esse traje para o Carnaval é prático e aceita bem as mudanças.

Mas se você procura fantasia infantil, recomendo a loja, Maria Joaquina, pois tem figurinos do bebê ao adolescente:

https://www.instagram.com/mariajoaquina_modainfantil/

 

Luciana do Rocio Mallon

#lucianadorociomallon

#carnaval

#fantasiadecarnaval

#carnaval2025

#vesteterapia

 

 

sábado, 15 de fevereiro de 2025

Perigos de Vender a Intimidade da Iris

 

Perigos de Vender a “Intimidade” da Iris

 

Hoje me perguntaram:

- Você venderia a “intimidade” da sua íris?

Minha resposta abaixo:

- Não, nunca venderia a intimidade da minha íris.

O fato de algumas pessoas venderem a “intimidade” da íris é um fato assustador. Pois ela é semelhante impressão digital: não existe outra igual no mundo.

Há condomínios onde existem máquinas que leem a íris de cada morador para que ele possa entrar. Mas com a onda da venda da “intimidade” da íris, esses condomínios estão abandonando essas máquinas e voltando com os porteiros humanos. Algo semelhante aconteceu com instituições que estavam planejando colocar a íris dos usuários como um tipo de senha. Pois elas estão cortando essa ideia.

Esse fato me fez lembrar algo que aconteceu no período da minha juventude em meados dos anos 90: perto das universidades eram comuns cartazes com os dizeres:

“Universitárias, vendam seus óvulos...”

Embaixo dessa propaganda existia um número estranho.

Porém perguntas, ainda pairam na minha cabeça, como:

“ Para quais finalidades queriam comprar óvulos de universitárias?”

Depois surgiu o boato de que os óvulos de universitárias loiras eram os mais bem pagos.

Mas, voltando para o ano de 2025, fiquei assustada também ao ver gurus anunciando cartazes virtuais com os dizeres:

“ – Descubro suas reencarnações através da análise de sua íris.”

“ – Faça o curso de como ler a reencarnação através da íris.”

Para finalizar, não aconselho ninguém a vender óvulos sem uma explicação plausível e muito menos “intimidade” de íris. Pois tudo isso pode servir para violar a individualidade e a identidade de alguém.

Luciana do Rocio Mallon

#lucianadorociomallon

#iris

 


quinta-feira, 13 de fevereiro de 2025

Lenda do Candelabro do Tridente de 15 Anos

 

Lenda do Candelabro do Tridente de 15 Anos

No começo dos anos 2000, eu trabalhava numa loja onde vendia de tudo: roupas, objetos para casa, acessórios, brinquedos e artigos para festa.

Uma certa manhã, a loja ainda estava fechada e notei que tinha um candelabro, da cor rosa, em formato de tridente com o número 13 ou 15 escrito com velas um pouco usadas.

Então o segurança chegou para abrir a porta e exclamei:

- Tem esse candelabro estranho aí na frente!

Assim o rapaz abriu a loja normalmente e colocou o objeto numa cesta vazia na entrada.

De repente, uma freguesa pegou esse candelabro, que estava na cesta e seguiu até o caixa:

- Gostaria de levar esse candelabro em forma de tridente, com velas, para a festa da minha filha de 15 anos!

A gerente, que estava no caixa, falou:

- Não vendemos esse objeto aqui. Mas, por mim, a senhora pode levar como cortesia da casa!

Um mês depois, a mesma mulher entrou na loja e perguntei:

- Como foi a festa de 15 anos de sua filha?

Ela respondeu:

- Foi maravilhosa e ela amou o candelabro. O problema é que depois da festa, ela virou outra pessoa: passou a beber, a ficar com homens desconhecidos em danceterias e largou os estudos, não sei mais o que fazer...

Dona Azaléa, que também era cliente e estava na loja, escutou tudo e se aproximou:

- Que tipo de candelabro foi usado na festa de 15 anos da garota?

A senhora respondeu:

- Foi um candelabro que encontrei aqui, ele tinha forma de tridente com três velas embutidas e o número 15 escrito.

De repente, eu intervi:

- Na verdade, eu achei esse candelabro, em frente da loja, antes dela abrir. Depois o segurança descartou na cesta e essa cliente ficou interessada.

Azaléa falou:

- Já entendi o que aconteceu: na verdade não era o número 15 que estava escrito e sim 13. O objeto não era um candelabro, mas sim um tridente. Por favor, preciso do nome e foto da garota para desfazer isso no local espiritual onde frequento. Perdão, esqueci de dizer: meu apelido é Azaléa e terei alegria em ajudar.

A cliente aceitou esse conselho.

Um mês se passou e a freguesa voltou:

- Gostaria de agradecer à Azaléa porque o trabalho dela deu certo. Pois minha menina voltou a se comportar e até retornou à escola.

Luciana do Rocio Mallon

#lucianadorociomallon

#lendasurbanas

#casossobrenaturais

 

 


sábado, 8 de fevereiro de 2025

Mamãe Não Caiu no Onibus, Mas Foi Salva Pela Fada Professora

 

Sempre recebo mensagens de professoras pedindo poemas que falem, de forma suave, sobre violência doméstica para crianças pequenas.

Então eu fiz e escrevi na forma de Poesia, pois já foi comprovado que crianças entendem melhor o conteúdo quando tem palavras rimadas.

 

Mamãe Não Caiu no Onibus, Mas Foi Salva Pela Fada Professora

 

Uma noite, Zezinho escutou um som

Que pensou que fosse um grito

Ele aumentava de tom

De um jeito aflito

 

Eram duas vozes briguentas

Uma lagrimejante e outra violenta

Então ele continuou na cama com medo

E contou esse segredo para um brinquedo

 

No dia seguinte mamãe estava com o corpo manchado

De bolas roxas de um jeito doído e alvoroçado

Zezinho perguntou com olhos de breu:

- Mamãe, o que foi que aconteceu?

Ela, envergonhada, respondeu

 

De um jeito inexpressivo:

- Mamãe, caiu do coletivo

Toda a noite aquela agonia

Novamente se repetia

Até que um certo dia

 

Zezinho não aguentou mais guardar segredo

Ele queria desabafar com alguém além do brinquedo

Que não espalhasse a história para uma bruxa de vassoura

Então ele contou a história para sua professora

 

Naquele mesmo dia

O padrasto foi à delegacia

Assim, nunca mais mamãe caiu do coletivo

E seu coração ainda continuava vivo

 

Graças ao que Zezinho contou para sua professora

Que no fundo era uma fada e uma benfeitora

Então se a sua mãe aparece com o corpo machucado

Faça como o Zezinho e não fique calado

 

Conte tudo para sua professora,

Coordenadora ou diretora.

Luciana do Rocio Mallon

#lucianadorociomallon

#violenciadomestica

 

 

 

 

 

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2025

Lenda do Aplicativo Que Imita Mortos

 

Lenda do Aplicativo Que Imita Mortos

Patrícia era uma brasileira que morava no exterior junto com seu bebê Helen e sua mãe Ana.

Quando Helen completou um ano de idade, Patrícia pediu para que sua prima, Sueli, saísse do Brasil e viesse até sua casa para trabalhar como sua babá. Pois a prima era meiga e falava línguas estrangeiras.

Então como Sueli era calma e paciente, Helen se acostumou logo com a nova moradora da casa. Dessa maneira Patrícia sempre saía por volta das cinco da manhã para trabalhar e voltava somente lá pelas dez da noite.

Quando Helen completou 5 anos, Sueli começou a ter muitas dores nas costas e Ana levou a moça ao hospital, onde faleceu no mesmo dia.

Patrícia tentou esconder isso da sua filha, mas ela sempre dizia:

- Cadê a tia Sueli?

- Quero falar com ela!

- A tia, Sueli, sempre me contava histórias para dormir e corrigia a lição de casa.

Dias depois, Patrícia soube que existia um aplicativo, que através de inteligência artificial, fazia com que a imagem de uma pessoa falecida conversasse com os vivos.

Então, não aguentando mais a choradeira da filha, a mulher instalou o aplicativo no celular da sua mãe, que não curtia muito celulares, e mentiu para Helen que era Sueli quem estava do outro lado da tela.

No começo Patrícia e Ana prestavam atenção na fala da Sueli, feita por inteligência artificial, que dizia sempre as seguintes frases:

- Bom dia, Helen!

- Boa noite, Helen!

- Obedeça sempre à mamãe e a professora, Helen!

O mais incrível é que a Sueli virtual sempre contava histórias para a Helen dormir com a mesma voz da falecida.

Então, após dois meses, Patrícia e Ana deixaram de prestar atenção nas conversas da Sueli, feita por inteligência artificial e passaram a deixar Helen interagindo sozinha pelo aplicativo.

A partir daquele dia, as mulheres da casa notaram que o comportamento da menina passou a mudar pouco a pouco. Pois Helen passou a xingar todo mundo, a se rebelar na escola e também não fazia mais as lições de casa.

Então Patrícia perguntou:

- Por que você anda tão rebelde?

A garota respondeu:

- Só estou fazendo o que a Sueli manda.

Naquela mesma noite, a mulher voltou a observar a interação da filha com o aplicativo e ficou assustada com as palavras da Sueli virtual:

- Destrua tudo!

- Fale palavrões!

- Rasgue os cadernos!

Naquele mesmo instante a moça apavorada tirou o celular das mãos da criança e desinstalou o aplicativo.

No dia seguinte, seu colega de trabalho comentou:

- Soube que hackearam aquele aplicativo onde os mortos conversam com os vivos por inteligência artificial?

A mulher ficou espantada e conversando com especialistas, em Informática, confirmou que realmente o aplicativo foi adulterado. A partir daquele dia, ela nunca mais instalou aplicativos semelhantes.

Luciana do Rocio Mallon

#lucianadorociomallon

#lendas

#lendasurbanas

 

 


quarta-feira, 5 de fevereiro de 2025

A FUVEST, Fundação Universitária Para o Vestibular, escolheu obras de autoras mulheres para as listas dos vestibulares de 2026 até 2028

 

A FUVEST, Fundação Universitária Para o Vestibular, Escolheu Obras de Autoras Mulheres Para as Listas dos Vestibulares de 2026 até 2028

A representatividade das mulheres na escrita é importante. Durante muitos anos, as autoras foram silenciadas. Algumas precisaram até se vestir com roupas masculinas e adotar pseudônimos masculinos como é o caso de Amandine Aurore Dupin que adotou o pseudônimo de George Sand para ser levada à sério pela sociedade.

O patriarcado sempre impôs às mulheres as tarefas de cuidar da casa e dos filhos deixando de lado seus interesses intelectuais.

Mas felizmente isso vem mudando aos poucos desde o final do século dezenove. Porém as escritoras ainda têm muitos caminhos para percorrer. Portanto, ter autoras mulheres entre os livros obrigatórios já é um grande passo. Outro fator importante são os coletivos de escritoras, como: Coletivo Marianas e Mulherio das Letras.

Aliás as mulheres precisam ser destacadas não só como personagens e sim como autoras. Já que por muitos anos escritoras foram silenciadas.

Além de ler as obras com cuidado, o leitor também precisa pesquisar a biografia dessas escritoras e a época em que elas escreveram os textos para entender melhor os livros por completo.

Aliás, a lista de autoras é maravilhosa: Clarice Lispector, Conceição Evaristo, Djaimilia Pereira de Almeida, Julia Lopes de Almeida, Lygia Fagundes Telles, Narcisa Amália, Nísia Floresta, Paulina Chiziane, Rachel de Queiroz e Sophia de Mello Breyner Andresen.

As escritoras geralmente passam mensagens sobre a realidade em que estão inseridas. Por exemplos: no livro, Memória de Martha, de Júlia Lopes de Almeida, além do conflito entre mãe e filha, o livro mostra a realidade dos cortiços do Rio de Janeiro no final do século dezenove.

As principais características, desses livros das autoras selecionadas pela FUVEST, são: a mostra da realidade da época em que essas mulheres viveram e os conflitos que as mulheres daquele tempo enfrentavam.

Então, vamos ler livros escrito por mulheres e debater sobre eles em todos os lugares possíveis.

Luciana do Rocio Mallon

#lucianadorociomallon

#FUVEST

#literaturademulheres

#literaturafeminina