terça-feira, 5 de dezembro de 2017

A Bailarina Escreve Poesia Com o Corpo

A Bailarina Escreve Poesia Com o Corpo
A bailarina escreve poesia com as sapatilhas
Deixando no ar um perfume de mil baunilhas
Com a ponta dos pés ela traça um verso
Desenhando no chão todo o universo

Com suas mãos ela desenha pensamentos
No ar que beija seus braços com a brisa
Seus dedos tocam nos proibidos momentos
Enquanto o vento, os seus cabelos, alisa

A ousada dançarina de flamenco
Enquanto bate palmas e sapateia
Escreve poemas com amor e dengo
No chão velho do teatro de madeira

A bailarina vestida de cigana florida
Com seus pés descalços escreve com giz
Deixando uma frase de despedida
E um leve perfume de flor-de-lis
Para curar a suave ferida
De quem sonha em ser feliz

Com o seu pandeiro meia-lua cheio de fitas
Ela expulsa a depressão e a amargura com ternura
Porque suas canções bonitas são infinitas
Trazendo candura e doçura na rumba mais pura

Quem escreve Poesia com o corpo é a bailarina
Pois ela é uma estrela de melodia e purpurina
Há um livro escondido em sua cintura fina.
Luciana do Rocio Mallon





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