Lenda da
Rabanada
Reza a lenda
que na Idade Média, em Portugal, existia uma freira com o apelido de Fatinha
Longa Cauda. Pois, reza a lenda que uma vez por semana, esta irmã abandonava o
hábito, colocava um vestido comprido com uma cauda longa e saía para fazer o
bem. Folhas, frutos, penas de aves e poeira sempre caiam na sua cauda comprida.
Então ela trazia estes objetos para dentro do convento e dizia que eram
presentes de Deus.
Numa tarde,
perto do Natal, Fatinha estava caminhando pelo campo quando avistou um choro de
mulher que vinha de uma casa afastada. Deste jeito, ela entrou na residência,
avistou uma jovem com um recém-nascido e perguntou-lhe:
- Posso
ajudar?
A moça
explicou:
- Meu nome é
Margarida, sou mãe solteira e acabei de ter meu filho só. Porém meus seios não
produzem leite.
A freira
explicou:
- Por favor,
mantenha a calma.
- O que você
tem para comer?
A mulher
respondeu:
- Só tenho
restos de pães dormidos molhados e leites adocicados. Sem falar de alguns ovos,
das aves, que crio no galinheiro.
A irmã de
caridade explicou:
- Então eu farei
uma receita com estes pães velhos, leites e ovos. Depois orarei com fé para que
este alimento aumente seu leite.
Deste jeito
ela misturou os ingredientes, fez uma comida especial e deu para a mãe solteira
comer.
Após o
primeiro prato, os seios da mulher jorraram leite sem parar e seu filho pode se
alimentar.
Assim
Margarida agradeceu:
- Obrigada,
por tudo!
A propósito
gostaria de fazer um elogio:
Seu vestido tem um lindo rabo!
Fatinha
comentou:
- Na verdade
sou freira. Mas, uma vez por semana, gosto de sair pelo mundo para ajudar as
pessoas. Para isto uso vestidos coloridos com caudas enormes que ajudam a
recolher tudo o que a natureza me oferece. Deve ser por isto que algumas
pessoas, à vezes, me chamam de: rabuda e rabanada.
A mãe
solteira disse:
- Em sua
homenagem batizarei a sua receita com o nome de rabanada e ela sempre estará
presente na minha ceia de Natal.
Reza a lenda
que a rabanada aumenta a produção de leite das mulheres que amamentam.
Luciana do
Rocio Mallon
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