quarta-feira, 29 de julho de 2015

O Anjo do Trompete Que Estragou

O Anjo do Trompete Que Estragou
                                   
Era uma vez um lindo querubim
Que teve suas asas cortadas
Assim, ele virou um homem sem fim
Apaixonado por leves serenatas

Este anjo que veio de outros astrais
Gostava de instrumentos musicais
Para o querubim cada instrumento
Representava um belo sentimento

Numa festa de primavera, ao lado da borboleta
O anjo conheceu o divino filho da trombeta
Ele conheceu um trompete de prata
Naquela festa bastante vasta!

Mas, os pistões ele quis lubrificar
E, simplesmente, colocou óleo de motor
Assim eles não quiseram tocar
Apesar de tanta dedicação e amor

O anjo colocou, sem querer, o óleo errado
Porém, o conserto veio pela harmonia
O pistom vendo seu sofrimento ao lado
Indicou o óleo certo com magia
Através da vibração de sua energia

O anjo entrou numa loja de instrumentos musicais
Desta maneira, adquiriu o óleo certo
E o som do trompete atingiu outros astrais
Conquistando as musas que estavam por perto.
Luciana do Rocio Mallon



A Síndrome de Asperger e os Quatro Elementos

A Síndrome de Asperger e os Quatro Elementos

A Síndrome de Asperger é um tipo de autismo leve onde, geralmente, o portador tem a interpretação muito literal das expressões e frases, como mostra o causo relatado a seguir:
No começo dos anos 80, pouco se falava sobre a Síndrome de Asperger. Em Curitiba, naquela época, um rapaz com este tipo de deficiência resolveu passear com mais três amigos. Durante a madrugada eles foram abordados por um guarda que perguntou-lhes:
- Quais os nomes dos quatro elementos?
Então, o moço autista, ajustou seus óculos, olhou para os pés do policial e respondeu:
- Terra, ar, água e fogo.
O guarda exclamou:
- Todo mundo preso por desacato à autoridade!
Os rapazes foram parar na delegacia até que chegou a mãe do garoto deficiente, explicou que o filho era autista e até mostrou o atestado médico para as autoridades competentes.
Este causo foi parar num programa, de televisão da capital do Paraná, popular da época chamado Cadeia. O problema é que postaram o vídeo desta reportagem na Internet, mas ainda bem que agora foi retirado, e ele acabou inspirando quadrinhos de alguns “memes” virtuais famosos. Porém, a história original é esta citada acima.
Luciana do Rocio Mallon









terça-feira, 28 de julho de 2015

O Cupido Que Perdeu o Emprego Para o ET

O Cupido Que Perdeu o Emprego Para o ET

Num quadro misterioso e atrevido
Chamado Amor Desarmado
Uma loira segura um cupido,
Que olha, furioso, de lado

A moça cansada de tanto chorar e se apaixonar
Tentou segurar o cupido no seu devido lugar

Mas o tempo passou sem medo
E o cupido perdeu seu emprego
De espalhar paixão pela crosta terrestre!
Ele foi substituído por um extraterrestre

Como o coração das pessoas está duro,
Frio, gelado, escuro e obscuro
As flechas não entravam mais em qualquer peito
Ele tentou britadeira, mas não teve jeito!

Então, pediram ajuda ao espaço sideral
Assim, trouxeram um ET de outro astral!
Mas, o alien não conseguiu colocar amor
No coração destes terráqueos sem calor!
Assim trocaram o ET por um simpático suricato
Que não trouxe paixão, e, sim alegria no ato:
“-Sou um suricato, por isto me solta, amiga
Gosto de comédia e não curto intriga”

Agora, o Cupido está no Olimpo sem fim
Comportando-se como um querubim.
Luciana do Rocio Mallon





Ele Dorme no Sótão

Ele Dorme no Sótão

Ele dorme no sótão por um motivo especial
Pois prefere ficar perto do espaço sideral!
No sótão ele fala com as estrelas cintilantes
E recebe os raios do Sol brilhantes!

Ele dorme no sótão, sem forro
Porque não precisa de frescura
Lá, ele esconde a máscara de Zorro
Com a espada que corta a amargura!

Ele conversa com as almas das telhas
Contando segredos das centelhas!
Há telhas alaranjadas e telhas transparentes
Entre confidências nada inocentes!

Da janela,  do sótão, ele vê o jardim
Iluminando a rosa e o jasmim!
O casarão inteiro é um querubim

Mas, ele dorme no sótão, na auréola
Pois descansa num arco cheio de luz
Cada vez que ele abre a janela
Surge um cheiro doce de alcaçuz!

Ele dorme no sótão, pois é um sonhador
Que fica em cima, com alma de guerreiro
No alto da casa há o mais puro amor
Subindo a escada de um jeito verdadeiro.
Luciana do Rocio Mallon





domingo, 26 de julho de 2015

Cena Curitibana de uma Segunda de Inverno

Cena Curitibana de uma Segunda de Inverno
                                                                                         
Tenho uma amiga que faz parte de um grupo voluntário que distribui comida e roupas para os moradores de rua e mendigos da cidade de Curitiba.
Numa noite de segunda-feira de inverno, esta minha colega estava distribuindo pratos quentes para os carentes, no Centro da cidade, quando percebi que criaturas moradoras dos prédios, ao redor, também ficavam na fila para ganhar um prato de comida doado. Fiquei quieta, pois preferi não julga-las.
Mas, uma senhora idosa, que estava observando a situação, não ficou quieta e chamou a atenção do grupo de doadores:
- Tem pessoas, nesta fila, que moram nos prédios centrais e não são moradoras de rua. Por isto, elas não merecem pegar os alimentos. Por exemplo: estou vendo um rapaz ali com um tênis de setecentos reais...
Minha amiga explicou:
- A função do grupo é oferecer alimentos e roupas para os seres que aceitam receber estes donativos. Se alguém, que não é carente, entra na fila e aceita as doações, ele está dando bom exemplo. Pois isto é sinal de humildade.
Deste jeito, a anciã implicante começou a xingar:
- Bando de coxinhas hipócritas do diabo, seus %$#@!
- Deveriam de oferecer coxinhas ao invés de comida de verdade...
Sinceramente, até agora estou refletindo sobre esta cena e ainda não cheguei a nenhuma conclusão.
Luciana do Rocio Mallon



A Musa da Vidraça

A Musa da Vidraça
                               
Quando ela limpa a vidraça
Do apartamento em frente
A atmosfera se enche de graça
Pois tudo fica diferente!

Ela tira toda a poeira
Do vidro sujo e imundo
Tornando-se a feiticeira
De todo o resto do mundo!

Quando o trapo ela passa
Em toda a nebulosa vidraça
Com o detergente de alfazema
Ela preenche todo o universo de graça
Muito mais do que a Garota de Ipanema!

Não sei se ela é empregada
Ou é somente uma diarista
Sem ela minha tarde não é nada
Não posso perdê-la de vista!

Ela não pode limpar a vidraça
Sem ganhar nada e de graça
Porque isto seria trapaça
Ela arrisca seu pescoço delicado de garça

E o resto do seu corpo inteiro
Pois pode cair do apartamento
Num acidente traiçoeiro
Sem nenhum tipo de sentimento

Um dia, por curiosidade, fui até aquele lugar
E uma senhora idosa, lentamente, me atendeu
Falou que as janelas há anos ninguém ousa em limpar
E que a última empregada faz tempo que já morreu

Quem será a musa da vidraça
Que não deixa a janela,
Tão leve e singela,
Virar uma abandonada carcaça?
Luciana do Rocio Mallon













Filtro de Barro

Filtro de Barro

Quando eu morava no interior
Numa casa no meio da floresta
Não faltava a esperança de um amor
Pois toda a manhã parecia uma festa

Por causa do poço no quintal
Toda a hora surgia uma menina
Querendo água num jarro especial
Com um sorriso leve de bailarina
Dançando pelo espaço sideral

Porém um dia secou o poço
E toda a minha esperança de moço
Passou a só se acender num cigarro
Mas, logo, ganhei um filtro de barro

Com um desenho de santo estampado
Aquela divina e mágica gravura
Era sinal que o filtro foi abençoado
Por uma celestial figura!

Quando eu abria a tampa de cima
Navegava entre as duas velas
Viajando numa lagoa fina
Nas águas mais singelas

Filtro de barro, você foi meu melhor amigo
Porque fez parte da minha infância
Protegendo-me do inimigo
Tirando toda a ganância!

Para beber de sua água, não apareceu nenhuma menina
Mas, você fez da minha solidão uma ponte para a paz
Transformando a água do rio na fonte mais fina
Iluminando o céu calmo, misterioso e lilás.
Luciana do Rocio Mallon









sábado, 25 de julho de 2015

Poema Corrigido: Dia 25 de Julho: Dia do Escritor

25 de Julho, Dia do Escritor

Neste humilde dia 25 de julho
Ofereça uma delicada flor
Com dedicação e orgulho
Para seu favorito escritor

Ofereça uma rosa de papel
Com linhas para serem escritas
Traçadas com o pólen do mel
Caindo em pétalas atrevidas!

Pois escrever não é só rabiscar
Traços em qualquer tipo de papel
É prender, nas linhas, palavras ao ar
Por mais que isto pareça cruel

Tem gente que começa com um desabafo
Querendo fazer da folha sua confidente
Mas a magia, de repente, vira um bafo
E as palavras bailam de um jeito diferente!

Neste dia do escritor dê um belo presente
Compre uma obra do seu autor preferido
Para deixa-lo alegre, sorridente e contente
Pois vender qualquer um livro é sofrido
Então, dê ao seu escritor este presente.
Luciana do Rocio Mallon




25 de Julho, Dia do Escritor

25 de Julho, Dia do Escritor

Neste humilde dia 15 de julho
Ofereça uma delicada flor
Com dedicação e orgulho
Para seu favorito escritor

Ofereça uma rosa de papel
Com linhas para serem escritas
Traçadas com o pólen do mel
Caindo em pétalas atrevidas!

Pois escrever não é só rabiscar
Traços em qualquer tipo de papel
É prender, nas linhas, palavras ao ar
Por mais que isto pareça cruel

Tem gente que começa com um desabafo
Querendo fazer da folha sua confidente
Mas a magia, de repente, vira um bafo
E as palavras bailam de um jeito diferente!

Neste dia do escritor dê um belo presente
Compre uma obra do seu autor preferido
Para deixa-lo alegre, sorridente e contente
Pois vender qualquer um livro é sofrido
Então, dê ao seu escritor este presente.
Luciana do Rocio Mallon





Princesa Elsa, de Frozen, Seria Assexual

Princesa Elsa, de Frozen, Seria Assexual
                                                              
Assexual, como muita gente já sabe, é um termo usado para designar pessoas que não curtem praticar sexo carnal.
Porém, o que muitas pessoas ainda não conhecem, é que a Princesa Elsa, do desenho Frozen, está sendo considerada por muitas correntes da Psicologia como uma personagem assexual.
O tema do conto é este: a rainha Elsa, desde menina, tinha o poder de espalhar gelo em suas mãos. Um certo dia, ela estava brincando com sua irmã, Ana, e sem querer sua mão lançou gelo na pobre, o que gerou pequenas conseqüências. Por isto, a jovem foi afastada da sociedade e, ao mesmo tempo, tornou-se fria. No dia da sua coroação, Elza surtou, fugiu do seu reino, decidiu isolar-se e transformou tudo o que viu em gelo. Mas, o interessante, é que ela sempre negou qualquer tipo de relacionamento de cunho carnal com quem quer que fosse. Porém, justamente, quando Ana , sua irmã, estava prestes a ser enganada por um príncipe gigolô e golpista, Elsa surgiu para salvar a todos.
Aqui, é bom destacar que o desenho Frozen da Disney foi baseado no conto chamado A Rainha da Neve de Andersen. Na obra original, a Princesa Elsa chega a afirmar que odeia os homens e o contato físico matrimonial, o que caracteriza assexualidade.
Neste caso, é bom destacar que Andersen ao escrever o conto Rainha da Neve, baseou-se num causo medieval chamado A Lenda da Princesa do Gelo. Na Idade Média, a palavra gelo vinha muito associada com as pessoas que não possuíam fogo sexual. Naquela época, quando uma pessoa se negava a manter relações sexuais era chamada de: gelada ou fria.
Através, deste texto, podemos concluir que a personagem Elsa de Frozen tem características assexuais.
Luciana do Rocio Mallon



quarta-feira, 22 de julho de 2015

Minha Pele é Seu Papel

Minha Pele é Seu Papel
                                            
Minha pele é seu papel em branco
Onde você desabafa seu segredo franco
Porém, em cada desesperado amasso
Ele não enruga, apenas vira abraço

Minha pele é uma folha bastante lisa
Seus dedos são coloridas canetas
Meu suor se evapora no carinho da brisa
Em suas frases proibidas e xeretas

O meu corpo inteiro é um caderno
Onde você traça linhas retas e azuis
Para escrever um poema terno e eterno
Vestindo-me com uma faixa de luz

Minha pele é uma misteriosa cartilha
Onde você corrige a lição do momento
Banhando os poros com sabonete de baunilha
E depois secando meu corpo ao vento!

Minha pele é seu papel em branco
Onde você  desabafa seu segredo franco
Porém, em cada desesperado amasso
Ele não enruga, apenas vira abraço.
Luciana do Rocio Mallon





domingo, 19 de julho de 2015

Poeta Morreu no Palco, Cantando o Amor, Num Evento Romântico

Poeta Morreu no Palco, Cantando o Amor, Num Evento Romântico

Em Curitiba, havia um poeta
Chamado Francisco Soares
Com longas barbas de profeta
E asas que iam a todos os lugares

Dia dezessete de julho, ele foi a um evento
Repleto de emoção, pureza e sentimento
Lá, um romântico violão ele tocaria
Para sua eterna musa Lia !

Neste lugar, meninos leriam poemas de meninas
E meninas declamariam textos de meninos
Elas com flores, saias e muitas purpurinas
E eles confiantes em seus destinos!

Lá quando Francisco pegou seu instrumento
Com as luzes do palco e a benção do vento
Ele tocou algumas notas e caiu no chão de madeira
Porque ele fez a passagem da sua vida inteira

Para o céu perto de Deus, nosso senhor
Ele faleceu cantando o mais puro amor.
Luciana do Rocio Mallon



quarta-feira, 15 de julho de 2015

Lavando os Cabelos do Amado

Lavando os Cabelos do Amado

Tem menina que faz várias loucuras
Para ter um moço de cabelos compridos
Mas, nas brigas cheias de amarguras
Seus sentimentos viram bandidos

Então, ela xinga o pobre de piolhento
Deixando o rapaz chorando ao vento!
Se eu tivesse um amado de cabelos longos
Lavaria suas madeixas em meus sonhos

Primeiro, eu passaria dois pentes
Beijando seus lábios sorridentes
 Colocaria seus fios embaixo do chuveiro
De um jeito sagrado e verdadeiro!

Depois derramaria xampu de glicerina
No seu couro cabeludo faria massagens
Com minhas mãos leves de menina
Provocando as mais leves viagens!

As águas fariam borbulhas “enxaguantes”
Com o barulho das mais belas cachoeiras
Que com suas quedas elegantes
Sempre deixam as cores mais faceiras!

Assim passaria um condicionador
Deixando o cabelo ainda mais macio
Com o toque proibido do amor
Na brisa doce que causa arrepio

Então eu pegaria a tolha
Para o perfumado cabelo enxugar
Eu sei que o carinho nunca falha
Quando o secador, na tomada, ligar

Levando os cabelos do amado
Eu me transporto a outro universo
Cada fio tem um brilho abençoado
Cantado neste poema,  em cada verso

Não sou Maria Xampu, sou a fada do condicionador
Escovo os cabelos do amado com devoção e fervor.
Luciana do Rocio Mallon








domingo, 12 de julho de 2015

Lenda da Expressão: Sair do Armário(Corrigida)

Texto Corrigido:
Lenda da Expressão: Sair do Armário

Todos sabem que na gíria, quando uma pessoa resolve assumir a sua homossexualidade, bissexualidade, ou, até mesmo assexualidade é comum usarmos a expressão: sair do armário.
Porém, o que poucas pessoas conhecem é como surgiu esta gíria.
Reza a lenda que na Roma Antiga, existia um imperador chamado Júlio César, que sofria de epilepsia e fazia de tudo para esconder este detalhe das pessoas. Mas ele tinha um secretário, chamado Otávio, que também cuidava de sua saúde e segurança.
Um certo dia, este imperador estava experimentando roupas em frente ao seu armário aberto. Quando, de repente, teve um ataque epilético fazendo com que seu corpo entrasse neste roupeiro, cuja a porta fechou-se sozinha.
Otávio, que estava procurando seu patrão, assustou-se ao ver algo se mexendo dentro do armário. Assim, ele abriu a porta, viu seu chefe se debatendo e tentou retirá-lo. Porém, caiu dentro do mesmo roupeiro, cujas as portas se fecharam sozinhas.
Uma das empregadas da limpeza ao perceber os movimentos dentro do armário, abriu o objeto, viu dois homens se debatendo, maliciou a cena e chamou todos do palácio. Logo, a mãe de Otávio gritou:
- Saiam logo do armário!
O boato espalhou-se por Roma inteira e o bordão pegou.
O interessante é que semanas depois do ocorrido, Júlio César falou numa festa, após beber muito vinho, que seu maior sonho era ser “o marido de todas as mulheres e a esposa de todos os homens.” Também, depois do episódio do armário, ele passou a namorar Nicomedes IV, o Rei da Bitínia.
Luciana do Rocio Mallon

Lenda da Expressão: Sair do Armário

Lenda da Expressão: Sair do Armário

Todos sabem que na gíria, quando uma pessoa resolve assumir a sua homossexualidade, bissexualidade, ou, até mesmo assexualidade é comum usarmos a expressão: sair do armário.
Porém, o que poucas pessoas conhecem é como surgiu esta gíria.
Reza a lenda que na Roma Antiga, existia um imperador chamado Júlio César, que sofria de epilepsia e fazia de tudo para esconder este detalhe das pessoas. Mas ele tinha um secretário, chamado Otávio, que também cuidava de sua saúde e segurança.
Um certo dia, este imperador estava experimentando roupas em frente ao seu armário aberto. Quando, de repente, teve um ataque epilético fazendo com que seu corpo entrasse neste roupeiro, cujo a porta fechou-se sozinha.
Otávio, que estava procurando pelo seu patrão, assustou-se ao ver algo se mexendo dentro do armário. Assim, ele abriu a porta, viu seu chefe se debatendo e tentou retirá-lo. Porém, caiu dentro do mesmo roupeiro, cujo as portas se fecharam sozinhas.
Uma das empregadas da limpeza ao perceber os movimentos dentro do armário, abriu o objeto, viu dois homens se debatendo, maliciou a cena e chamou todos do palácio. Logo, a mãe de Otávio gritou:
- Saiam, logo, do armário!
 O boato espalhou-se por Roma inteira e o bordão pegou.
O interessante é que semanas depois do ocorrido, Júlio César falou numa festa, depois de beber muito vinho, que seu maior sonho era ser “o marido de todas as mulheres e a esposa de todos os homens.” Também, após o episódio do armário, ele passou a namorar Nicomedes IV, o Rei da Bitínia.
Luciana do Rocio Mallon



sábado, 11 de julho de 2015

Cada Vez Que um Banido Mata um Policial

Cada Vez Que um Bandido Mata um Policial

Cada vez que um ruim bandido
Assassina um esforçado policial
Um anjo perde as asas e fica ferido
Nesta batalha entre o bem e o mal!

O mundo fica mais triste e impuro
Quando um público segurança
Leva um tiro fatal e obscuro
De um assaltante sem esperança!

Cada vez que um guarda é morto por um traficante
A espada de São Jorge perde seu brilho de diamante!

Cada vez que um ladrão mata um policial
O rei Sol, todo amarelo, perde um raio de luz
O paraíso pode até ganhar um anjo especial
Mas, a família de quem morreu sente o peso da cruz

Nestas horas, cadê os humanos direitos?
Por que os sonhos morrem nos leitos?
Luciana do Rocio Mallon




Quem Não Aceita a Medalha de Bronze

Quem Não Aceita a Medalha de Bronze

Quem não aceita a medalha de bronze
É sinal de que nunca mereceu nenhum troféu
Pois em vez de agradecer, deu patada e coice
No jurado que elevou este ser ao céu!

Não aceitar o terceiro lugar
É muita falta de humildade
Junto com um orgulho cruel
Que não passa de falta de caridade!

Pois, quando alguém deseja o céu
É preciso cada degrau escalar
Na escada mágica da felicidade
Sob a luz prateada do luar!

Quem pensa que merece chegar em primeiro
Tratando as pessoas com escárnio e amargura
Comporta-se como o coelho convencido e ligeiro
Da famosa fábula chamada: a Lebre e a Tartaruga!

Quem não aceita a medalha de bronze
É sinal de que nunca mereceu nenhum troféu
Pois em vez de agradecer, deu patada e coice
No jurado que elevou este ser ao céu

É como dizia a minha boa e sábia avó:
O importante é participar e não competir
Que não sabe perder é digno de dó
Pois a humildade é o melhor elixir.
Luciana do Rocio Mallon







terça-feira, 7 de julho de 2015

As Lendas do Plástico-Bolha

As Lendas do Plástico-Bolha

Esta semana escutei o boato de que o plástico-bolha deixaria de ser fabricado. Isto me deixou, profundamente, triste. Afinal, mexer neste tipo de material é o meu passatempo preferido desde os cinco anos de idade. 
Reza a lenda que o plástico-bolha surgiu por acaso, em 1957, quando dois cientistas tentavam criar um plano de fundo de plástico texturizado com o verso em papel que pudesse ser limpo. 
Minha paixão por estourar este tipo de material surgiu no jardim-de-infância, quando a professora deu um pedaço de plástico-bolha para cada um e disse: 
- Agora vamos estourar os sentimentos ruins! 
- Cada bolinha transparente é algo mau: uma é o ódio, a outra é o egoísmo, também tem a tristeza... 
- Podem estourar! 
Então peguei aquele objeto e fui estourando cada coisa ruim que havia no meu peito. Assim, a todo o segundo que eu estourava uma bolinha, exclamava termos do tipo: 
- Tchau egoísmo! 
- Adeus tristeza! 
- Vá embora saudade! 
A partir daquele dia, passei a pedir plásticos-bolhas para meus conhecidos e parentes. Sem falar que eu fuçava as latas de lixo atrás destas preciosidades. 
Dez anos depois, mudei de escola. Então, logo no primeiro dia, escutei um boato sobre a Lenda do Fantasma do Plástico-Bolha, quando uma colega chegou para mim e disse: 
- O banheiro feminino do térreo nem é aconselhável usar. Pois dizem que lá mora o Fantasma do Plástico-Bolha. Reza a lenda que nos anos 60, Cida, uma estudante, estava estourando plástico-bolha dentro deste toalete, quando, de repente, morreu do coração. Dizem que para que seu espírito não venha assombrar a escola, é preciso colocar uma folha de plástico-bolha dentro deste banheiro. Por isto, todos os dias, antes das sete da manhã , a zeladora deixa um material destes perto da pia e ninguém deve toca-lo. Inclusive, Cida está enterrada no Cemitério Municipal São Francisco de Paula e em cima do túmulo dela sempre aparecem plásticos-bolhas estourados. 
Logo pensei: 
- Oba! 
- Acho que vou chegar mais cedo e estourar o plástico-bolha da alma penada. 
Deste jeito, passei a fazer isto. Mas, logo as funcionárias da limpeza começaram a estranhar que o precioso material sumia, ou, aparecia estourado do nada. Logo as pessoas estavam perguntando umas para as outras: 
- Será que é o fantasma de Cida que está estourando o material? 
Um certo dia, fiz meu procedimento de sempre: entrei mais cedo no colégio e penetrei no banheiro do térreo para estourar o plástico-bolha trancada numa privada. De repente, escutei a voz de um menino: 
- Eu sou o mais corajoso da escola e pegarei este fantasma! 
Como um raio, ele chutou a porta da privada e me pegou estourando o plástico-bolha. Desta maneira este garoto gritou: 
- Vejam a impostora! 
Assim, os alunos me levaram para a coordenação e exigiram uma punição, como suspensão, por exemplo. Pois , segundo alguns deles, eu estava roubando algo que não era meu. Porém, a coordenadora não quis me castigar e apenas me aconselhou a consultar uma psicóloga. 
As profissionais de saúde mental que procurei falaram que este hábito não era recomendável, pois podia virar transtorno obsessivo compulsivo. Mas, que seria um excelente exercício para melhorar a coordenação motora, já que a minha nunca foi boa. 
Agora, como já citei, fiquei com depressão ao saber que o plástico-bolha vai acabar. Colegas já me falaram que existe o plástico-bolha virtual, porém não achei graça em passar o mouse e escutar os pequenos estouros. Depois, amigos me mostraram um site onde há um chaveiro, em forma de plástico-bolha, que nunca acaba após os estouros. Porém, o dono do portal falou que o objeto não está à venda. 
Neste momento sigo a minha vida, com a consciência que cada sentimento ruim é uma bolha de plástico a ser estourada. 
Luciana do Rocio Mallon 


As Lendas do Plástico Bolha

As Lendas do Plástico-Bolha

Esta semana escutei o boato de que o plástico-bolha deixaria de ser fabricado. Isto me deixou, profundamente, triste. Afinal, mexer neste tipo de material é o meu passatempo preferido desde os cinco anos de idade. 
Reza a lenda que o plástico-bolha surgiu por acaso, em 1957, quando dois cientistas tentavam criar um plano de fundo de plástico texturizado com o verso em papel que pudesse ser limpo. 
Minha paixão por estourar este tipo de material surgiu no jardim-de-infância, quando a professora deu um pedaço de plástico-bolha para cada um e disse: 
- Agora vamos estourar os sentimentos ruins! 
- Cada bolinha transparente é algo mau: uma é o ódio, a outra é o egoísmo, também tem a tristeza... 
- Podem estourar! 
Então peguei aquele objeto e fui estourando cada coisa ruim que havia no meu peito. Assim, a todo o segundo que eu estourava uma bolinha, exclamava termos do tipo: 
- Tchau egoísmo! 
- Adeus tristeza! 
- Vá embora saudade! 
A partir daquele dia, passei a pedir plásticos-bolhas para meus conhecidos e parentes. Sem falar que eu fuçava as latas de lixo atrás destas preciosidades. 
Dez anos depois, mudei de escola. Então, logo no primeiro dia, escutei um boato sobre a Lenda do Fantasma do Plástico-Bolha, quando uma colega chegou para mim e disse: 
- O banheiro feminino do térreo nem é aconselhável usar. Pois dizem que lá mora o Fantasma do Plástico-Bolha. Reza a lenda que nos anos 60, Cida, uma estudante, estava estourando plástico-bolha dentro deste toalete, quando, de repente, morreu do coração. Dizem que para que seu espírito não venha assombrar a escola, é preciso colocar uma folha de plástico-bolha dentro deste banheiro. Por isto, todos os dias, antes das sete da manhã , a zeladora deixa um material destes perto da pia e ninguém deve toca-lo. Inclusive, Cida está enterrada no Cemitério Municipal São Francisco de Paula e em cima do túmulo dela sempre aparecem plásticos-bolhas estourados. 
Logo pensei: 
- Oba! 
- Acho que vou chegar mais cedo e estourar o plástico-bolha da alma penada. 
Deste jeito, passei a fazer isto. Mas, logo as funcionárias da limpeza começaram a estranhar que o precioso material sumia, ou, aparecia estourado do nada. Logo as pessoas estavam perguntando umas para as outras: 
- Será que é o fantasma de Cida que está estourando o material? 
Um certo dia, fiz meu procedimento de sempre: entrei mais cedo no colégio e penetrei no banheiro do térreo para estourar o plástico-bolha trancada numa privada. De repente, escutei a voz de um menino: 
- Eu sou o mais corajoso da escola e pegarei este fantasma! 
Como um raio, ele chutou a porta da privada e me pegou estourando o plástico-bolha. Desta maneira este garoto gritou: 
- Vejam a impostora! 
Assim, os alunos me levaram para a coordenação e exigiram uma punição, como suspensão, por exemplo. Pois , segundo alguns deles, eu estava roubando algo que não era meu. Porém, a coordenadora não quis me castigar e apenas me aconselhou a consultar uma psicóloga. 
As profissionais de saúde mental que procurei falaram que este hábito não era recomendável, pois podia virar transtorno obsessivo compulsivo. Mas, que seria um excelente exercício para melhorar a coordenação motora, já que a minha nunca foi boa. 
Agora, como já citei, fiquei com depressão ao saber que o plástico-bolha vai acabar. Colegas já me falaram que existe o plástico-bolha virtual, porém não achei graça em passar o mouse e escutar os pequenos estouros. Depois, amigos me mostraram um site onde há um chaveiro, em forma de plástico-bolha, que nunca acaba após os estouros. Porém, o dono do portal falou que o objeto não está à venda. 
Neste momento sigo a minha vida, com a consciência que cada sentimento ruim é uma bolha de plástico a ser estourada. 
Luciana do Rocio Mallon 

segunda-feira, 6 de julho de 2015

O Encontro do Cartola Com o Pequeno Príncipe

O Encontro do Cartola Com o Pequeno Príncipe

Quando Cartola chegou ao céu
Foi, direto, para o espaço sideral
Numa Lua feita toda de mel
Com um toque doce bem espacial

Ele foi parar numa Lua cheia de harmonia
Onde o Pequeno Príncipe reinava com magia
Lá Cartola se emocionou com uma delicada rosa
Dentro de um vidro transparente, toda formosa

Então o príncipe conversou com esta flor
E Cartola assustou-se com primor
Pois cantou que as rosas não sabem falar
Apenas o aroma, espalham pelo ar

O menino explicou que esta planta
Pode falar com o próprio espírito
Através do seu idioma de santa
Que traduz o sonho lírico!

Cartola tocou na suave rosa
Sentindo sua fala maravilhosa
Então saiu uma lágrima de sua íris
Que formou um leve arco-íris

Assim Cartola soltou um misterioso sorriso
E viajou, através do arco, para o paraíso
O Pequeno Príncipe ficou com uma saudade infinita
Desta encantadora e inesquecível visita.
Luciana do Rocio Mallon