Críticas e
Sugestões
Ultimamente
tenho recebido as seguintes críticas e sugestões:
- Você
deveria entrar em contato com o governo para ganhar um espaço onde pudesse
contar suas lendas e fazer suas performances gratuitas.
- Sua pessoa
deveria se esforçar mais para conseguir ajuda das autoridades governamentais.
- “Fulana” é
antipática, mas conseguiu um espaço público inteiro para mostrar o seu talento.
Já você tem carisma, porém é incompetente por não ter obtido o mesmo. Sem falar
que “Fulana” está conseguindo projeção na mídia maior que você.
Diante de
tantas críticas, tenho o seguinte a dizer:
Pesquiso
lendas e faço repentes poéticos desde os seis anos de idade. Nunca fiz isto com
a pretensão de ficar famosa muito menos de ganhar dinheiro fácil. O meu talento
sempre tendeu mais para o comércio informal.
Pesquisar
causos e brincar com Poesia sempre foram passatempos para mim. Porém com o
tempo descobri que, com esta diversão, eu conseguia ajudar as outras criaturas.
O meu livro,
intitulado Lendas Curitibanas, foi publicado gratuitamente pela editora chamada
Instituto Memória. Se não fosse esta editora o meu livro físico não existiria.
Em 2006,
procurei aulas de balé, depois de adulta, porque tenho problemas de coordenação
motora. Então uma fisioterapeuta falou que se eu fizesse aulas de Dança Cigana,
ou, Dança Flamenca minha saúde neste sentido melhoraria. Deste jeito passei a
fazer este tipo de atividade.
Por volta de
2013, instituições de caridade passaram a me convidar para apresentações
voluntárias, onde eu misturo contação de histórias, repentes e danças. Desta
maneira notei que podia fazer as pessoas mais felizes.
Eu nunca
tive a intenção de fazer este serviço em troca de dinheiro.
Procurei
espaço das autoridades governamentais para realizar este tipo de trabalho
voluntário. Infelizmente, não consegui um espaço, exclusivamente, meu. Sem
falar que tenho transtornos com a questão tempo porque preciso cuidar da minha
mãe doente.
Se “Fulana”
ganha dinheiro do governo para trabalhar com lendas, parabéns para ela. Porém não
tive a mesma sorte. Isto não significa que eu seja incompetente, ou, preguiçosa.
Apenas mostra que eu não tive a mesma oportunidade. Porém a vida tem destas
coisas. É como falam os antigos: “cada um tem os seus sapatos, para andar pelo
caminho, e cada um sabe onde o calo aperta.” Há esta outra frase também:
“ Se você
acha que a vida será justa com você só porque você é uma boa pessoa é como
pensar que um touro não irá atacar seu corpo só porque este bicho é
vegetariano.”
Cada artista
é único e tem uma história de vida singular. Por isto é falta de noção comparar
um palestrante com outro.
Quando os
humanos passarem a perceber que uma obra completa a outra em vez de competir,
teremos um país onde a verdadeira Arte será valorizada.
Luciana do
Rocio Mallon
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