Ideias Para Evitar Fechamentos de Livrarias
Nos últimos dias, fechamentos de livrarias famosas tem
abalado a economia do mundo inteiro.
Especialistas dizem que a culpa é da população que não gosta
de ler e fica a maioria do tempo com os olhos nos celulares.
Desde o começo do século vinte e um, várias pessoas deixaram
de entrar em livrarias. O problema é que a livraria, deste século, não pode ser
um lugar apenas para vender livros.
No ano 2000 uma amiga, que não direi o nome porque já faleceu,
tinha uma revistaria e livraria, com livros novos e usados, de porte médio. Ao
ver que o número de clientes estava reduzindo, ela me pediu conselhos. Assim
disse a ela que poderia aproveitar que vendia material escolar e também
oferecer objetos para festas infantis. Além da possibilidade de alugar o local
para eventos e se vestir de personagens para animar as festas. Também
aconselhei a moça para vender equipamentos eletrônicos e abrir uma pequena
lanchonete no local. Além disto, falei à comerciante para abrir espaço aos
saraus com escritores e artistas desconhecidos porque, desta forma, eles
consumiriam os alimentos e produtos ofertados no local.
Outro detalhe importante é que as editoras deveriam publicar,
gratuitamente, livros de blogueiros e youtubers que fazem sucesso na Internet.
Pois as pessoas buscam, voluntariamente, o que desejam ler nas redes sociais.
Assim vale a pena investir nestes artistas de Internet.
Eu, por exemplo, fui convidada para escrever o livro, Lendas
Curitibanas, graças às redes sociais. Pois antes só fazia repentes em saraus
gratuitos.
Por isto, o marketing digital, é fundamental para que um
comércio continue de pé.
No caso da minha amiga, da livraria, seu estabelecimento só
fechou em 2015 com o falecimento dela.
A livraria, do século vinte e um, precisa ser antes de tudo
uma casa de shows, com comida e luzes, que abre portas para artistas
desconhecidos que, de alguma forma consumirão seus produtos e atrairão mais
clientes. Este estabelecimento também precisa ser um local de paquera e
descontração.
Afinal, você que curte livros e artes, já pensou em encontrar
sua alma gêmea em uma livraria?
Numa livraria não rola bebidas pesadas e nem música em som
infernal. O máximo que rola é coquetel com refrigerantes e banda tocando
acústico. Então a probabilidade de encontrar alguém compatível seria alta.
Você, dono de livraria, já pensou em transformar o seu
estabelecimento num local onde as pessoas se encontram e ainda pagam para isto?
Pensem bem, porque um dos segredos do comércio é unir o útil
ao agradável.
Inclusive, minha amiga que teve livraria, realizou um
casamento, dentro do seu estabelecimento, de duas pessoas que se conheceram num
evento lá. Ainda, por cima, foi bem paga para isto.
Nestes tempos de solidão unir livros e amores é uma Arte.
Luciana do Rocio Mallon
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