Quando Eu
Morrer, Quero Doar Meus Órgãos Que Não São Musicais
Quando eu
morrer, quero doar meus órgãos que não são musicais
Porque
pulmões ofertados viram harpas celestiais
Castanholas se transformam em novos rins
Quando as
esperanças não possuem fins
Um diferente
coração vira tambor
Num gesto
doce repleto de amor
Olhos se
transformam em sirenes luminosas
Abrindo as
janelas para as paisagens frondosas
Um recente e
usado fígado
Canta a
ópera chamada Fígaro
Quando eu
morrer, quero doar meus órgãos que não são musicais
A pele se
transforma em sons de pianos nos infinitos astrais.
Luciana do
Rocio Mallon
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