Saia de Tule
A saia de
tule é como uma anágua
Mas uma
anágua ao contrário
Ela é tão
suave que tira a mágoa
De qualquer
cafajeste e ordinário!
Enquanto a
anágua cobre o segredo
A saia de
tule mostra a chave sem medo
Porém o
forro esconde a vaidade
Sem revelar
o que há de verdade!
A saia de
tule revela as faces da donzela
Que pode ser
princesa, ou, bailarina bela
A saia de
tule com forro opaco de cetim
Acaricia as
pernas da camponesa de marfim!
Uma saia de
tule comprida
Faz qualquer
musa oprimida
Exalar
mistério e sensualidade
Porque ela
tem aroma de liberdade!
A escritora
esconde bilhetes com Poesia
Debaixo da
sua saia de tule transparente
Quando ela
dança, a saia roda com magia
Formando um
círculo feminino e inocente
Que é
beijado pelo vento
E abraçado
pela brisa
Refrescando
o sentimento
Quando a
bailarina no chão pisa
Assim a
dançarina transforma-se numa rosa
E a saia de
tule em suas pétalas macias
No girado de
uma flor maravilhosa
Tirando mais
de mil agonias!
Saia de tule
é como uma anágua
Mas uma
anágua ao contrário
Ela é tão
suave que tira a mágoa
De qualquer
cafajeste e ordinário.
Luciana do
Rocio Mallon
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