POETADO ao
Pudor
O falso
moralismo e a cruel censura
Prenderam
toda a minha criatividade
Causando, na
minha alma, amargura
Sem um pingo
da real sinceridade
Fui proibido
de falar das peças pequenas
Que cobrem
as partes sedentas por giros,
Gemidos, sussurros, orgasmos e suspiros
Não posso
falar das damas noturnas e serenas
Que encantam
até os sanguinários vampiros
Agora, estou
POETADO ao pudor
Colocaram
uma venda em meus lábios
Mas ainda
sou capaz de sentir amor
Atrás dos
cometas com astrolábios!
Nas minhas
mãos colocaram algemas
Mas mesmo
assim escrevo em coxas macias
Os mais
proibidos e instigantes poemas
Coberto com
as colchas das secretas fantasias!
Agora, estou
POETADO ao pudor
Colocaram
uma venda em meus lábios
Mas ainda
sou capaz de sentir amor
Atrás dos
cometas com astrolábios.
Luciana do
Rocio Mallon
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