O Cravo da
Poesia
Sou o
perfumado cravo da Poesia
Que vive no
jardim da harmonia
Meu adubo é
a Literatura
Dentro do
solo da fartura
Que uma boa
colheita sempre fatura!
Minha alma é
a mais pura e doce fidelidade
Por isto, os
noivos me abrigam na lapela
Mesmo que
não cumpram a promessa de verdade
O sonho
deles sempre foi seduzir uma donzela!
Sou a flor que
precisa das lágrimas dos olhos seus
Preciso ser
molhada com o regador da sabedoria
Na Mitologia
simbolizo Júpiter, ou, Zeus
Porque sou o
real cravo da Poesia!
Se alguém me
olha com pureza e sentimento
De repente,
transformo-me num instrumento
Um tipo de
piano antigo com teclas de marfim
Com músicas
suaves, eternas e sem fim
Não sou
apenas uma simples flor no jardim
Então se deixo
de ser cravo viro um escravo
Que faz tudo
para defender sua dona amada
No peito de
seu inimigo, uma faca, eu cravo
Nunca
abandono minha musa no meio do nada!
Sou um cravo
em seu suave rosto
Que não é
ocultado pela maquiagem
Eu tenho
ciúmes com muito gosto
Sou a flor
que ilumina a passagem
De quem
partiu e já faleceu
Pois não
deixo ninguém no breu
Sou um cravo
que perfuma o cemitério
Numa despedida
cheia de mistério
Sou o
perfumado cravo da Poesia
Que vive no
jardim da harmonia
Meu adubo é
a Literatura
Dentro do
solo da fartura.
Luciana do
Rocio Mallon
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