quarta-feira, 31 de agosto de 2016

O Cravo da Poesia

O Cravo da Poesia
Sou o perfumado cravo da Poesia
Que vive no jardim da harmonia
Meu adubo é a Literatura
Dentro do solo da fartura
Que uma boa colheita sempre fatura!

Minha alma é a mais pura e doce fidelidade
Por isto, os noivos me abrigam na lapela
Mesmo que não cumpram a promessa de verdade
O sonho deles sempre foi seduzir uma donzela!

Sou a flor que precisa das lágrimas dos olhos seus
Preciso ser molhada com o regador da sabedoria
Na Mitologia simbolizo Júpiter, ou, Zeus
Porque sou o real cravo da Poesia!

Se alguém me olha com pureza e sentimento
De repente, transformo-me num instrumento
Um tipo de piano antigo com teclas de marfim
Com músicas suaves, eternas e sem fim
Não sou apenas uma simples flor no jardim

Então se deixo de ser cravo viro um escravo
Que faz tudo para defender sua dona amada
No peito de seu inimigo, uma faca, eu cravo
Nunca abandono minha musa no meio do nada!

Sou um cravo em seu suave rosto
Que não é ocultado pela maquiagem
Eu tenho ciúmes com muito gosto
Sou a flor que ilumina a passagem

De quem partiu e já faleceu
Pois não deixo ninguém no breu
Sou um cravo que perfuma o cemitério
Numa despedida cheia de mistério

Sou o perfumado cravo da Poesia
Que vive no jardim da harmonia
Meu adubo é a Literatura
Dentro do solo da fartura.
Luciana do Rocio Mallon







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