Flip, Fliperama e Flipper
Amiga: - Tia Lu, o que você acha do Flip?
Eu: - Quando eu era criança costumava ser raro
sobrar uma moeda. Mas quando sobrava, eu trocava os poucos centavos por fichas
de fliperama, já que vídeo game era algo só para ricos, naquela época. Então,
sobrava às crianças, da minha classe social, se divertir no fliperama da mercearia
da esquina.
Amiga: - Não estou
me referindo ao fliperama.
Eu :
- Já sei:
-
Você está falando do Fliper, o famoso golfinho do seriado dos anos setenta.
Amiga : - Na
verdade estou falando do Festival de Literatura de Paraty.
Eu : -
Poxa, eu nem lembrava que este evento existia. Pois sou escritora e costumo
participar dos saraus da minha cidade, Curitiba. Nesta semana fui a uma escola,
onde fiz repentes, falei do meu livro chamado Lendas Curitibanas e lá os alunos
me fizeram várias perguntas sobre minha obra, por isto fiquei satisfeita. Sem
falar, que no final de semana, participei de outro evento, em minha cidade,
onde fiz uma “performance” com lendas, repentes e danças. Assim as pessoas
ficaram encantadas. Sinceramente, vejo que sou uma escritora que não precisa do
Flip, que anda mais distante da minha realidade, do que o Fliperama e o Fliper,
eternos ícones dos anos setenta.
Luciana do Rocio Mallon
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