Descobri Que
a Minha Cruz é o Cruzeiro do Sul
Eu pensava
que a vida era malvada
Porque minha
cruz era muito pesada
Como se
fosse um grandioso metal
Que não flutua
no mais leve astral
Eu pensava
que a cruz do outro era leve
Por causa de
sorrisos de um prazer breve
Então eu
cometia um desatino
Rogando praga
na cruz do destino
Mas depois
que eu aceitei
O azar e
toda a sua lei
Vi brilhos
nas minhas costas duras
Eram luzes
com doçuras e ternuras
Descobri que
a minha cruz
Possuía uma
rara luz
Pois era o
Cruzeiro do Sul
Que eu
carregava de norte a sul
Meus
dolorosos problemas de família
Formam a
estrela que parece uma ilha
Eles formam
a famosa estrela Gama
Que nasce no
coração de quem ama
O bullying
causado por minha timidez
Nesta
constelação, também, tem vez
Eles formam
a estrela Rubídea da cor do rubi,
Que exala,
no espaço, um doce aroma de “patchouli”
Meus
problemas financeiros e de aprendizagem
Também fazem
parte de uma suave paisagem
Eles formam
a estrela de Magalhães tão famosa
Mas que, na
sua alma, é forte e maravilhosa!
A minha
ingenuidade tão perigosa
Forma a
brilhante estrela Mimosa
Os meus
problemas de saúde
Que, às
vezes, me deixam sem atitude
Formam a
estrela Pálida tão importante
Que nesta
cruz, torna-se radiante!
Meu
exibicionismo de maneira garrida
Forma a
atrapalhada estrela Intrometida!
Descobri que
a minha cruz
Possuía uma
rara luz
Pois era o
Cruzeiro do Sul
Que eu
carregava de norte a sul.
Luciana do
Rocio Mallon
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