Lenda do Fantasma
do Guarda Particular de Rua Com Moto
O relato
sobrenatural abaixo é verdadeiro, apenas os nomes das pessoas reais foram
mudados para manter a privacidade delas.
Nos anos 80,
num conjunto habitacional localizado na fronteira entre Curitiba e São José dos
Pinhais, existia um guarda particular chamado, Zé, que era idoso e nunca usava
capacete.
Na mesma
época, alguns moradores contrataram esse vigia para passar de moto nas ruas, à
noite, com apito.
Naquele
mesmo local existia uma jovem chamada, Patrícia, que trabalhava de dia e fazia
faculdade à noite.
Então sua
mãe, dona Isolda, contratou o guarda para acompanhar a filha, à noite, na volta
assim que ela desembargasse do ônibus no ponto da Avenida das Torres.
Isolda
também costumava deixar pão feito em casa na varanda, como cortesia, para que
Zé pegasse.
No começo
dos anos 90, Patrícia se casou e foi morar no exterior.
Porém no
final dos anos 90, a jovem se separou e decidiu voltar a morar com sua mãe.
Na primeira
noite de retorno, Patrícia desceu do ônibus e avistou Zé com sua moto apitando
e exclamando:
- Paty!
- Seja
bem-vinda!
- Assim
poderei acompanha-la até em casa como nos velhos tempos!
A moça
aceitou a gentileza e se sentiu protegida com o idoso ao seu lado.
Ao chegar em
casa, ela abriu o portão, enquanto o velho foi à varanda, pegou um pão feito em
casa como de costume e voltou a cuidar da rua com sua moto.
Ao abrir a porta da sua casa, a jovem
exclamou:
- Mãe,
cheguei!
Isolda
abraçou a filha e perguntou:
- Não teve
medo de fazer o trajeto da Avenida das Torres até o conjunto habitacional nessa
noite escura e fria?
Patrícia
respondeu:
- Não, pois
Seu Zé me acompanhou até aqui.
A mãe
explicou:
- Isso não é
possível porque esse guarda morreu em 1992 bem nessa rua, onde teve um derrame.
Agora, quem está no lugar dele é seu próprio neto, Digão, que inclusive, pelo
que vejo da janela, já pegou o pão caseiro que sempre deixo na varanda para
ele. Talvez você tenha se confundido por causa do capacete.
Patrícia
reclamou:
- Vi o
vigia, Zé, sem o capacete como costumava usar.
Dias depois,
a jovem fez uma pesquisa no bairro e muitos moradores afirmaram ver o guarda,
Zé, mesmo depois da sua morte fazendo a ronda no conjunto habitacional.
Inclusive, segundo essas mesmas pessoas, o guarda colocou vários ladrões para
correr mesmo depois de sua morte.
Luciana do
Rocio Mallon
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#lendasurbanas
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