Lenda da
Dama Violeta na Greve dos Caminhoneiros
Nos anos 70,
Viviane era uma menina que morava numa rodovia famosa, do Brasil, junto com seu
pai que tinha uma borracharia no mesmo local. A cor favorita e a flor preferida
desta garota era violeta. Ás vezes ela entrava em depressão ao lembrar que
nunca conheceu sua mãe porque ela morreu em seu parto.
Esta menina
tinha um amor platônico, Zé, um caminhoneiro que tinha uma casa ao lado da
borracharia. Mas o problema é que sua amiga Rosa também era apaixonada por ele.
Quando Vivi
completou 18 anos de idade, seu pai faleceu e ela teve que vender a borracharia. Para
sobreviver a jovem precisou se prostituir na BR. Para isto ela colocava um
vestido sensual, da cor violeta, que pertenceu a sua mãe. Porém os
preconceituosos da região apelidaram a pobre de Marmita de Caminhoneiro e Dama
Violeta da BR.
No mesmo ano
Rosa chegou a Vivi, que estava na rodovia, e disse:
- Vou me
casar com Zé e quero que você seja uma das damas de honra.
A amiga
falou:
- Parabéns!
- Gostaria
muito de aceitar!
- Mas as
pessoas tem preconceito comigo devido a minha profissão.
Rosa
explicou:
- Minha
costureira fará um vestido de tule, da cor que você escolher e ele virá
acompanhado de um chapéu com um véu de tule também. Assim ninguém descobrirá
que se trata da sua pessoa.
Viviane
falou:
- Esta ideia
é excelente!
- A
propósito, minha cor preferida é violeta.
Após a amiga
sair, a futura dama de honra entrou em depressão e chorou.
Quando
chegou o grande dia, Viviane entrou como dama de honra vestindo a roupa violeta
e o chapéu com véu encomendados pela noiva.
Depois do
baile o casal de noivos pegou a BR. Porém Viviane, ainda vestida com o traje de
festa, se jogou a frente do caminhão e morreu.
O fantasma
dela ficou preso na BR e toda a vez que um caminhoneiro fica em apuros, a alma
de Vivi aparece e ajuda. Por exemplos: quando faltou iluminação naquele trecho,
a moça pegou as velas do cemitério, mais próximo, e iluminou a rodovia. Numa
outra vez quando um caminhoneiro se acidentou, na mesma BR, a jovem pegou o
celular dele e chamou socorro.
Em 2018
caminhoneiros, em greve, pararam naquele trecho da BR. Porém alguns deles
começaram a ficar sem comida. Então, numa noite, uma dama com vestido violeta
distribuiu marmitas para os motoristas. Dentre eles estava Rogério, um moreno
de olhos verdes, com o corpo esculpido por exercícios físicos feitos entre uma
viagem e outra. Quando ele avistou Vivi, uma atração mútua surgiu. Assim eles
ficaram juntos, naquela madrugada.
Quando
Rogério acordou, a moça não estava mais lá. Porém ela deixou um vaso de violeta
e um incenso chamado Chama Violeta. Deste jeito o rapaz acendeu o incenso e
rezou pelo Brasil.
Dizem que a
Dama Violeta continua ajudando caminhoneiros naquele mesmo local.
Luciana do
Rocio Mallon
Como "violeta" é a cor da transmutação, tomara que Vivi possa ajudar a transposição deste momento de angústia nas estradas para outra situação não "violenta" de maior paz e harmonia Parabéns, Luciana. Adoro tuas lendas urbanas e de rodovias.
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