Eu Quero
Sempre Menos, Enquanto os Outros Poetas Sempre Querem Mais
Quando minha
alma implora por uma garoa
Para obter
uma brisa suave, leve e boa
Eu quero
apenas um meigo sereno
No meu
jardim florido e pequeno
Quando minha
boca implora por um suco refrescante
O meu
espírito quer apenas uma gota de água mineral
Quando minha
esperança pede uma constelação brilhante
O meu sonho
brinca com somente uma estrela do astral
Todos os
poetas querem sempre mais
Porém eu
desejo sempre menos
Um segundo
de silêncio para mim é paz
Dentro dos
bosques profundos e morenos
Porque são
neles que mora o céu lilás
Quando meu coração
clama por um romance
Meu poema
deseja só uma excitante amizade
Para a dor
do amor meu verso não dá chance
Pois ele
conhece as armadilhas da felicidade
Enquanto os
outros poetas querem palco e participação em novela
O meu eu
lírico dança fazendo repentes bem no meio da rua
As rimas
viram aves nas janelas das raras donzelas
Que se
banham com a energia da poderosa Lua.
Luciana do
Rocio Mallon
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