terça-feira, 1 de maio de 2018

Eu Quero Sempre Menos, Enquanto os Outros Poetas Sempre Querem Mais


Eu Quero Sempre Menos, Enquanto os Outros Poetas Sempre Querem Mais
Quando minha alma implora por uma garoa
Para obter uma brisa suave, leve e boa
Eu quero apenas um meigo sereno
No meu jardim florido e pequeno

Quando minha boca implora por um suco refrescante
O meu espírito quer apenas uma gota de água mineral
Quando minha esperança pede uma constelação brilhante
O meu sonho brinca com somente uma estrela do astral

Todos os poetas querem sempre mais
Porém eu desejo sempre menos
Um segundo de silêncio para mim é paz
Dentro dos bosques profundos e morenos
Porque são neles que mora o céu lilás

Quando meu coração clama por um romance
Meu poema deseja só uma excitante amizade
Para a dor do amor meu verso não dá chance
Pois ele conhece as armadilhas da felicidade

Enquanto os outros poetas querem palco e participação em novela
O meu eu lírico dança fazendo repentes bem no meio da rua
As rimas viram aves nas janelas das raras donzelas
Que se banham com a energia da poderosa Lua.
Luciana do Rocio Mallon




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