Ninguém
Sonha em Perder a Virgindade Com Um Motorista de UBER Desconhecido
O UBER é um
aplicativo que está gerando muitas polêmicas, como os casos de violência contra
a mulher, por exemplo.
Mês passado
em Curitiba, uma professora, de 27 anos de idade, usou o UBER após ter
frequentado um restaurante com amigos. Mas durante o trajeto ela foi abusada
pelo motorista.
Os exames
saíram e comprovaram que ela era virgem, antes do estupro. Porém, depois do
laudo, esta professora sofreu mais violência ainda. Pois surgiram comentários
machistas e preconceituosos sobre sua condição nas redes sociais. Fique
espantada ao ler frases como:
“ – Virgem
aos 27 anos? Deve ter transtornos mentais! “
“ – Uma
mulher que não teve relações sexuais com esta idade, aos 27 anos, só pode ser
lésbica e merece ser estuprada para aprender gostar de homem.”
“ – Estar bêbada
e pegar um UBER é consentir um estupro.”
Sinceramente,
estes dizeres me enojaram porque são frases machistas e lesbofóbicas. Para
começar, ninguém é obrigado a fazer sexo seja de qual idade for. Eu, por
exemplo, tenho 43 anos de idade e nunca transei. Sem falar que sou ace, ou seja,
assexual que é orientação das pessoas que não sentem atração sexual. Além disto,
não deixo que meu espírito seja invadido pelas propostas carnais desta
sociedade hipersexualizada, que deseja escravizar o ser humano através do sexo.
A verdade é
que cada um tem o direito de seguir a sua orientação e ninguém pode criticar.
Qualquer
motorista precisa respeitar a passageira independente se ela bebeu, ou, não.
Abusar de uma mulher, que esteja em estado inconsciente, é estupro. No caso de
abuso sexual a culpa nunca é de vítima.
A maioria
dos brasileiros precisa parar com esta cultura de questionar o caráter da
vítima e defender o bandido.
O UBER
necessita fiscalizar e pesquisar sobre a vida de seus motoristas. Inclusive, o
ideal seria que o aplicativo realizasse testes psicológicos em seus futuros
candidatos e investigassem a ficha corrida deles.
Afinal, nenhuma
mulher sonha em perder a virgindade com um motorista desconhecido de
aplicativo.
Luciana do
Rocio Mallon
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