sexta-feira, 15 de setembro de 2017

O Porquê os Assaltantes Rasgam as Agendas das Vítimas

O Porquê os Assaltantes Rasgam as Agendas das Vítimas
Dia 25 de agosto de 2017, eu estava sozinha num ponto de ônibus, do bairro Jardim das Américas, em Curitiba.
Quando, de repente, avistei dois homens numa moto estranha, sem marca e fabricada em oficina, na mesma rua. Então me afastei do ponto aos poucos porque achei aquela motocicleta muito suspeita. Porém, de repente, estes rapazes pararam a moto perto do ponto de ônibus. O moço da garupa me encarou e decidi correr. Porém a motocicleta deu a ré, em minha direção, e o homem de trás pulou em cima de mim. Rapidamente, ele me deu tapas, esfregou minha cara na calçada e arrancou minha bolsa. Ele também queria meu cartão-transporte que estava em minhas mãos. Mas coloquei o objeto dentro da calça. Deste jeito ele voltou à moto e foram embora enquanto eu tentava me levantar com o corpo todo dolorido.
Minha mãe, que é idosa e doente, viu tudo do portão da minha casa. Assim isto piorou o estado de saúde dela.
Dentro da sacola estavam alguns documentos e o celular que eu usava para atividades comerciais.
Três dias depois, a cabeleireira de um salão de beleza, que frequento, mandou uma mensagem falando que uma moça entrou em contato com o estabelecimento porque achou meus documentos num terreno baldio. Então como a jovem viu o cartão do salão no meio dos meus pertences ligou para a cabeleireira. Deste jeito a funcionária do salão me passou o contato da moça.
Desta maneira, a jovem foi até o portão da minha casa para entregar os objetos que os ladrões jogaram. Ela explicou que estava passeando com a sua mãe e o cachorro de estimação. Quando, como um raio, o animal entrou num terreno baldio e a dona foi atrás. Assim, o bicho cheirou meus documentos como se desejasse falar algo importante. Infelizmente, o celular não estava no meio. Porém recuperei os documentos. Mas minha agenda de papel estava toda rasgada.
Logo perguntei:
- Por que os marginais rasgaram a minha agenda?
Durante e após o assalto tive depressão profunda e dores pelo corpo. Sem falar que precisei cancelar diversos compromissos devido aos transtornos do roubo, atitude que me causou diversos prejuízos.
Algumas pessoas falaram que os ladrões rasgaram a minha agenda para não deixar pistas e que isto é um procedimento comum dos meliantes. Porém percebi que este ato tem um significado mais profundo.
Pois os assaltantes rasgaram, também, as memórias boas que tive, neste ano, até agosto. Sem falar que os meliantes também pitocaram os meus futuros compromissos. Pois precisei cancelar futuras atividades.
Os ladrões rasgaram a agenda da minha vida. Afinal minha família toda ficou traumatizada também. Por causa deste acontecimento todas as minhas recordações boas deste ano se apagaram.
Os bandidos não destruíram apenas uma caderneta de papel. Pois eles acabaram com a agenda da minha vida, onde existiam linhas de esperança e listas de sonhos.
Ainda por cima, precisei aguentar pessoas que me conhecem na vida real, falando besteiras como:
- Bem feito!
- Isto foi uma lição!
- O bandido é um coitadinho, vítima da sociedade!
Infelizmente não tive estomago para tolerar este tipo de crítica infundada e precisei me afastar destas criaturas.
Agora tento recuperar os prejuízos materiais vendendo roupas seminovas porque não tenho dinheiro, no momento, para comprar um celular. Afinal eu preciso do aparelho para atividades literárias e comerciais. Mas os prejuízos morais não há nada que recupere.
Luciana do Rocio Mallon






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