Quando a
Neblina Vira “Mé Blina”
Em Curitiba,
no inverno de julho
A geada
cobre a grama de branco
Com soberba
e muito orgulho
Apesar de
seu jeito franco e brando
Do quarto da
minha janela
Não consigo
dormir no frio
Porém uma
paisagem bela
Forma-se
apesar do arrepio
Tento contar
lindas ovelhas
E tomar um chocolate
quente
Mas no meu
peito faltam centelhas
Para o clima
ficar fremente e ardente
- Mé, mé, mé
, mé, mé, mé, mé
Eu só queria
um carinhoso cafuné
Porém tento
me esquentar com um café
E uma bolsa
quente ao lado do meu pé
Então abro
as leves cortinas
Assim vejo
que as neblinas
Viram meigos
e suaves carneiros
De encantos
leves e verdadeiros
Deste jeito,
a gelada neblina
Transforma-se
em “mé blina”
Pois ela
transforma-se em rebanho
Com um canto
mágico e estranho
Que esquenta
o meu espírito
Fazendo meu
corpo adormecer
No cobertor
do canto lírico
Até a chegar
o amanhecer
A nuvem inconstante
e incoerente
Transforma-se
em ovelha inocente
O carneiro
em forma de bruma
Não quer que
a magia suma
Quando a
cortina da neblina vira “mé blina”
A geada
transforma-se em ovelha na esquina
Assim o
cordeiro de Deus
Aquece os
sonhos meus.
Luciana do
Rocio Mallon
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