A Lenda do
Doce Polêmico Chamado Preto de Alma Branca
Dias atrás
algumas panificadoras foram acusadas de preconceito por comercializar um doce
chamado Preto de Alma Branca. Realmente, acho este nome horrível e
preconceituoso.
Mas a origem
disto tudo está numa lenda do Brasil-Colônia sobre a raiz do tão comentado
doce:
Naquela
época existia um escravo chamado Antoninho e sua mãe era cozinheira na casa
grande. Por isto, ele aprendeu a cozinhar com excelência e seu sonho era ser
padre. Este garoto vivia dizendo a todos:
- Um dia
serei sacerdote!
Porém como
as pessoas eram preconceituosas, o pobre menino escutava:
- Escravo
não pode ser padre!
O tempo
passou, Antoninho cresceu, sua mãe faleceu e ele ganhou carta de alforria.
Assim ele procurou diversas ordens para seguir a vida religiosa. Mas como o
preconceito e a discriminação tomavam conta naquele tempo, ninguém quis aceitar
um afrodescendente no mosteiro. Até que ele soube que os franciscanos aceitavam
o ingresso de negros. Deste jeito ele ingressou nesta ordem e passou a cozinhar
lá dentro.
Um dia, a
crise invadiu aquele seminário. Assim Antoninho teve a ideia de criar um novo
doce para vender e arrecadar dinheiro para o mosteiro. Deste jeito ele inventou
uma nova guloseima misturando ovos, creme, cacau e bolacha. Assim o moço saiu
nas ruas vendendo o novo doce. Como as pessoas eram preconceituosas e
intolerantes, toda vez que este frei passava, elas gritaram:
- Olhe o
doce preto de alma branca!
Por isto, o
confeito ganhou este nome horrível.
Realmente,
esta denominação foi o fruto de intolerância, preconceito e bullying que havia
na época. Afinal, somos todos iguais perante a sociedade e temos os mesmos
direitos e deveres. Toda esta história nos leva às várias reflexões em torno do
tema.
Luciana do
Rocio Mallon
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