domingo, 23 de julho de 2017

A Lenda do Doce Polêmico Chamado Preto de Alma Branca

A Lenda do Doce Polêmico Chamado Preto de Alma Branca
Dias atrás algumas panificadoras foram acusadas de preconceito por comercializar um doce chamado Preto de Alma Branca. Realmente, acho este nome horrível e preconceituoso.
Mas a origem disto tudo está numa lenda do Brasil-Colônia sobre a raiz do tão comentado doce:
Naquela época existia um escravo chamado Antoninho e sua mãe era cozinheira na casa grande. Por isto, ele aprendeu a cozinhar com excelência e seu sonho era ser padre. Este garoto vivia dizendo a todos:
- Um dia serei sacerdote!
Porém como as pessoas eram preconceituosas, o pobre menino escutava:
- Escravo não pode ser padre!
O tempo passou, Antoninho cresceu, sua mãe faleceu e ele ganhou carta de alforria. Assim ele procurou diversas ordens para seguir a vida religiosa. Mas como o preconceito e a discriminação tomavam conta naquele tempo, ninguém quis aceitar um afrodescendente no mosteiro. Até que ele soube que os franciscanos aceitavam o ingresso de negros. Deste jeito ele ingressou nesta ordem e passou a cozinhar lá dentro.
Um dia, a crise invadiu aquele seminário. Assim Antoninho teve a ideia de criar um novo doce para vender e arrecadar dinheiro para o mosteiro. Deste jeito ele inventou uma nova guloseima misturando ovos, creme, cacau e bolacha. Assim o moço saiu nas ruas vendendo o novo doce. Como as pessoas eram preconceituosas e intolerantes, toda vez que este frei passava, elas gritaram:
- Olhe o doce preto de alma branca!
Por isto, o confeito ganhou este nome horrível.
Realmente, esta denominação foi o fruto de intolerância, preconceito e bullying que havia na época. Afinal, somos todos iguais perante a sociedade e temos os mesmos direitos e deveres. Toda esta história nos leva às várias reflexões em torno do tema.
Luciana do Rocio Mallon



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