Quando a Bailarina Aterrissa Com Sua Saia Rodada ao Chão
Quando a bailarina aterrissa
Com sua saia rodada na terra
Até a ligeira ampulheta paralisa
Pois nasce uma flor na primavera
Os babados da sua saia se transformam em pétalas macias
As pernas desta moça viram caules escondidos
As mãos desta dama viram aves com harmonias
Que curam, com suas batidas, pobres feridos
Quando a bailarina pousa no solo de madeira
Com sua saia de babados com tule e cetim
Sua silhueta faceira faz tremer a traiçoeira ladeira
Soltando um aroma misto de cerejeira e jasmim
A saia se transforma num relógio redondo que marca além do tempo
Seus babados viram ponteiros que flecham com sentimento
A saia com babados é um mundo que gira na órbita do pensamento
Que se transforma no Sol iluminando qualquer escuro tormento.
Luciana do Rocio Mallon
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