Roupa de Sair e Roupa de Ficar Em Casa de Acordo Com a
Vesteterapia
Recentemente li numa rede social, a seguinte frase:
- Se você não separa roupa de sair e roupa de ficar em casa
você é burguês, sim.
A oração acima pode ser até meio preconceituosa. Mas define a
realidade do guarda-roupa da maioria dos brasileiros.
O interessante é que as roupas, de usar em casa, têm até suas
subdivisões: trajes para lavar a louça; roupas para limpar o jardim; peças para
levar o saco de lixo até a lixeira, etc.
As roupas de sair também possuem suas subdivisões: peças para
ir aos cursos, roupas para ir às festas, trajes para visitar os parentes
invejosos, etc.
Nunca gostei de comprar pijama para dormir. Pois, na minha
cabeça, sempre foi um gasto desnecessário porque sempre usei conjuntos velhos
de moletons remendados para esta função. Sem falar que sou solteira e não pretendo
namorar ninguém. Então nunca precisarei de um baby-doll sensual para conquistar
um homem.
Nos anos 80, a moda era transformar camisetas que o povo
ganhava de campanhas políticas em pijamas. Porém, nos anos 90, veio uma lei que
proibiu a distribuição de brindes nas eleições. Hoje, vestir camiseta com nome
de político é considerado cult e há consumidores que encomendam roupas assim em
lojas especializadas.
Minha avó disse que na época de sua juventude, até existia a
diferença entre roupa de permanecer em casa e roupa de sair. Porém a roupa de
sair era conhecida como domingueira, que geralmente era um único vestido usado
em diversas ocasiões: missas, aniversários, casamentos, etc. Para disfarçar a
repetição, as donzelas mais humildes sempre trocavam os acessórios de acordo
com as ocasiões. Ás vezes, colocavam um echarpe nos ombros e quando, fazia frio,
elas cobriam a parte de cima com o casaco. Naquele tempo as roupas tinham tanta
qualidade, que uma domingueira bem cuidada chegava durar cinco anos. Já as
roupas de sair, geralmente, eram uniformes. Pois quem estudava tinha o agasalho
da escola e quem trabalhava possuía o uniforme da empresa. Naquela época, as
roupas com o logotipo das firmas era uma forma de propaganda também. Já que não
existiam programas de TV e muito menos Internet.
Até hoje, toda a pessoa humilde sabe a diferença entre roupa
de sair e de ficar em casa. Pois quem anda com roupas novas, nas próprias
residências, são pessoas de um patamar social muito alto, que nem sequer precisam
fazer as tarefas domésticas.
Segundo a Vesteterapia precisamos nos sentir bem em casa e
vestir uma roupa confortável é um grande passo para isto. Por isto é
recomendável usar, dentro das residências, peças como: pantufas no frio,
chinelo de dedo no calor, moletom usado, blusas largas, etc.
Porém como toda regra possui uma exceção já conheci uma única
mulher quer curtia usar salto alto tanto em casa como na rua. Pois segundo, a
mesma pessoa, ela sofreu bullying na escola por ser de baixa estatura e só consegue
se sentir poderosa de salto alto. Mas, neste caso, é preciso tomar cuidado
redobrado para não sofrer acidentes enquanto realiza serviços domésticos.
As roupas de sair precisam ser limpas e impecáveis,
realmente. Porém nunca devemos usar peças justas demais e nem calçados
apertados em nome da beleza porque conforme a Vesteterapia, utilizar uma peça
desconfortável em nome da estética é uma forma de agressão contra os próprios
corpos e almas.
Luciana do Rocio Mallon
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