quarta-feira, 22 de junho de 2016

No Frio de Curitiba, Se Deixar a Garrafa de Leite Quente Lá Fora, Tudo Vira Picolé

No Frio de Curitiba, se Deixar a Garrafa de Leite Quente Lá Fora, Tudo Vira Picolé
                                                                                                                                                                
O inverno no nosso lindo Brasil
Deixa o céu muito mais anil
Menos em Curitiba, onde tem a geada
Que beija a neblina apaixonada!

Curitiba tem um cinza inverno
Com um clima de sonho eterno
Onde o misterioso e calado frio
Escreve na pele de um arrepio

Nunca fritei ovo no asfalto
Num calor quente e alto
Mas, em Curitiba, já vi garrafa de leite
Transformar-se em picolé para o deleite!

O leiteiro numa gelada madrugada
Deixou uma garrafa de leite na geada
Mas o leite transformou-se em picolé
Porque o clima ameno deu no pé!

No frio de Curitiba até o leite quente
Precisa de um abraço fremente
Na sua alma franca e branda
Como sua cor pura e branca

Mas uma garrafa destas quebrou-se para o tormento
Porém as gotas delicadas, doces, macias e frias
Pararam na Via-Láctea com o mais lindo sentimento
Escrevendo no firmamento maravilhosas poesias

Em formas de estrelas cintilantes
Nas constelações radiantes e brilhantes

No frio de Curitiba até o leite quente
Precisa de um abraço fremente
Na sua alma franca e branda
Como sua cor pura e branca.
Luciana do Rocio Mallon



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