Como um Pequeno Tapete de Boas-Vindas Mudou a Rotina de uma
Loja
No final dos anos noventa, eu trabalhava como vendedora em
uma loja no centro da cidade de Curitiba. O problema é que na frente deste
estabelecimento havia uma calçada estilo “petit- pavé”, com algumas pedrinhas
soltas, fato que fazia o povo tropeçar e até, algumas vezes, cair. Por isto, o
movimento da loja diminuiu. Então com a autorização dos proprietários telefonei
para a prefeitura e demais autoridades competentes para que concertassem a calçada.
O reparo foi feito. Mas, mesmo assim, notei que ainda poucas pessoas entravam
na loja. Até que tive uma ideia e comentei com os donos que seria interessante
um tapete colorido com a expressão: “bem-vindo” na porta e que, também, outro
objeto que atrairia os clientes seriam tapetes vermelhos nos corredores das
seções. Deste jeito, os proprietários aceitaram as minhas sugestões.
Logo, no primeiro momento, em que o tapete de boas-vindas
foi colocado na entrada, duas senhoras olharam e comentaram:
“ - Veja, Luiza:
- Há um tapete de boas-vindas na porta!
- Isto é bom sinal, Gertrudes. Pois quando um comércio
coloca um tapete destes é sinal de que respeita o cliente!
- Por isto, vamos entrar!”
Estas idosas entraram e fizeram excelentes compras na loja.
Após isto, uma moça com seu filho passaram em frente ao
estabelecimento. Naquele mesmo momento, a mulher comentou:
“- Olhe, filho:
- Quanta gentileza do lojista em colocar um tapete destes!
- E ainda por cima, ao fundo, tem passadeiras vermelhas como
em Hollywood!
- Assim, me sentirei uma atriz em noite do Oscar!
- Vamos entrar!”
Desta forma, a jovem e sua criança fizeram ótimas compras.
Então, tornou-se comum as pessoas elogiarem os tapetes. Assim
cheguei à conclusão de que o tapete de “boas-vindas”, no fundo, era um tapete
mágico porque atraia os clientes. Afinal, o concerto da calçada não foi o suficiente
para recuperar os fregueses, pois faltava gentileza de fora para dentro e só o
tapete de “boas-vindas” teve a magia maravilhosa de trazer clientes.
Luciana do Rocio Mallon
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