Protesto do Coelhinho da Páscoa
Sou o Coelhinho da Páscoa, muito prazer
Sinto-me desvalorizado para valer!
As pessoas consumistas de um jeito cruel
Sempre valorizam mais o Papai-Noel!
Um dia já fui uma ave que quase morreu
Porém a deusa Ostera tirou-me do breu
Mas para que eu voltasse à vida
Ela fez uma magia garrida
Então me transformou num coelho
Num por de sol misterioso e vermelho
Assim por causa dos meus órgãos doloridos
Comecei a botar ovos doces e coloridos
Ás vezes viro o coelho da Alice apressado
Pois, de trabalho, estou sempre apurado
Ás vezes viro o coelho do mato sem esperança
Daquele ditado onde não há temperança:
Deste mato não sai coelho
Daí nem consigo me olhar no espelho
Ás vezes viro o famoso Pernalonga
Fugindo de uma criatura monga
Ás vezes viro o coelho da Playboy
Colocar um ovo é sensual, mas sempre doí
Sou o Coelho da Páscoa e só me resta protestar
Meu sonho é me aposentar à luz do luar.
Luciana do Rocio Mallon
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