Lenda da Segunda-Feira Molhada, um Dia Após a Páscoa
Há 2000 anos antes de Cristo, no continente europeu,
existia a Deusa Ostera que era responsável pela Primavera e colheitas fartas. Reza
a lenda que esta donzela não poderia tomar banho porque se tivesse algum
contato com a água seus poderes poderiam acabar. O animal de estimação de
Ostera era um coelho.
Naquele tempo os humanos tinham uma festa, chamada
Páscoa, para celebrar o início da Primavera e desejar sorte na colheita. Então
eles faziam um evento em adoração à deusa Ostera para que ela expulsasse os
maus espíritos, que podiam invadir esta estação, e para garantir fartura.
O problema é que esta deusa era muito criticada por
ter uma certa idade, ainda ser virgem e não querer casar. Um dia, outro deus se
apaixonou por esta moça. Assim ele tentou de tudo para conquista-la. Depois de
muitas investidas, o rapaz ficou com ódio e sabendo do ponto fraco do seu
objeto de conquista, jogou água em Ostera enquanto ela estava dormindo bem um
dia após a comemoração da Páscoa. A jovem ao acordar toda molhada olhou para o
moço e se apaixonou por ele, pois a água tinha o poder de quebrar o encantamento.
A camareira da deusa ao acompanhar tudo, desceu para a Terra e espalhou o boato
que seria necessário que os rapazes jogassem água nas moças, um dia após a
comemoração da Páscoa, para que nenhuma delas morresse virgem. Por isto, até
hoje esta tradição existe no Leste Europeu e chama-se Segunda-Feira Molhada.
Pois um dia após a Páscoa os homens jogam baldes de águas perfumadas nas
mulheres solteiras.
Na época em que eu trabalhava, no comércio de
Curitiba, havia uma cliente chamada Mari, que tinha 45 anos, era donzela e já
tinha perdido as esperanças de se casar. Porém, aos 46 anos de idade, esta
senhora viajou na época de Páscoa para o Leste Europeu, levou um balde da água
da comemoração da Segunda-Feira Molhada e acabou se casando com o mesmo homem
que fez esta brincadeira com ela.
Luciana do Rocio Mallon
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