Quando a Cigana Ensaia Com a Saia
Quando a cigana ensaia com a saia
Uma estrela transforma-se em arraia
Bailando como uma pipa ao ar
Na canção que não quer parar!
Quando ela ensaia com a saia de cetim
Seu balanço tira tudo o que é ruim
Deixando um perfume de jasmim
Que veio do jardim sem fim
Entre a margarida e a rosa carmim!
Quando ela ensaia com a saia godê
Sua roupa vira um moinho de vento
Ventilando o lugar no maior fuzuê
Ao espalhar as cores com sentimento!
Quando a cigana ensaia com a saia
Por mais que cometa erros eternos
Ela não recebe sequer uma vaia
Pois seus giros são mágicos e ternos!
Quando ela ensaia com uma saia de poá ...
Com bolinhas brancas num tecido escuro
A saia transforma-se num universo lá
Pois as bolas viram estrelas cintilantes
Que iluminam o espaço sideral obscuro
No girado com toques de diamantes!
Quando a cigana ensaia com a saia
Todo o seco deserto vira uma praia
Quando ela ensaia com uma saia de sete cores
Com enormes babados repletos de amores
A felicidade penetra no olhar, bem na íris
Colorindo o local com um lindo arco-íris!
Quando a cigana ensaia com a saia
Uma estrela transforma-se em arraia
Bailando como uma pipa ao ar
Na canção que não quer parar.
Luciana do Rocio Mallon
Nenhum comentário:
Postar um comentário