A Joaninha e a Borboleta Que Viraram Espanhola e Cigana
Era uma vez uma joaninha e uma borboleta
Que brincavam no florido jardim 
De um jeito alegre, suave e xereta 
Entre a rainha rosa e o marquês jasmim
A joaninha vestia um tecido de poá 
Com perfume da flor de maracujá
A borboleta bailava com asas coloridas
Beijando as flores doces e atrevidas 
O girassol virou um palco dourado 
Repleto de doçura, fofura e ternura
Onde a joaninha e a borboleta dançavam com candura
A canção de um rouxinol apaixonado
Com força, carinho e loucura 
De repente um raio atingiu o girassol 
Com o brilho mágico e poderoso do farol
Assim a joaninha virou uma bailarina espanhola
Com leque, sapato, mantilha e castanhola
Já, a borboleta se transformou numa cigana 
Com saia rodada e pele rara de porcelana 
Suas asas viraram um lenço transparente e gigante
Feito de seda com toques de estrela brilhante 
As duas dançaram na chuva pelo jardim 
Uma música que nunca tem fim.
Luciana do Rocio Mallon

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